100 pedaços de mim
Lucy Dillon
RESENHA

Na primeira página de 100 pedaços de mim, de Lucy Dillon, você é lançado em uma espiral de sentimentos que vão do amor à perda, passando pela dor e pela autodescoberta. Este não é apenas um livro; é uma jornada emocional que te leva a refletir sobre quantos pedaços de nós realmente ficaram para trás ao longo da vida e quantos ainda lutamos para juntar.
A protagonista, desnudando suas vulnerabilidades, convida você a olhar nos olhos dela e sentir suas cicatrizes, suas alegrias escondidas e, principalmente, sua busca incessante por identidade. O que é mais angustiante? A percepção de que a vida é um quebra-cabeça sem todas as peças ou o reconhecimento de que você pode ter se perdido no meio de tantas tramas? Dillon explora essa dicotomia com maestria, fazendo com que você se sinta íntimo da protagonista, como se suas dores fossem as suas.
Os leitores têm apontado a profundidade da narrativa como um dos seus principais atrativos. As críticas, sem exceções, falam sobre a capacidade da autora de criar uma atmosfera em que a empatia se transforma em um exercício quase visceral. Muitos se veem refletidos nas páginas de Dillon, reconhecendo suas próprias batalhas e triunfos. É impossível não se sentir tocado pela luta da protagonista, que busca não apenas a cura, mas uma reafirmação de sua existência.
À medida que você avança, percebe que cada capítulo é como uma nova peça que se encaixa, mas nem sempre está onde se espera que esteja. A escrita de Dillon é um convite ao autoconhecimento, um tapa na cara daquelas certezas confortáveis que muitas vezes construímos. Ela provoca, choca e, ao mesmo tempo, oferece um abrigo acolhedor para as emoções mais cruas e desprotegidas. Os leitores que buscam por respostas podem encontrar nelas um eco de suas próprias inquietudes.
Mas não se engane: a leitura não é apenas um mar de rosas. Críticas surgem em meio ao deleite, como a discussão sobre o ritmo da narrativa em alguns momentos. Para alguns, a contemplação se torna excessiva, refletindo uma luta que poderia ser mais condensada. No entanto, essa mesma lentidão, esse espaço para respirar e sentir, é o que torna a obra tão impactante para outros. Afinal, quem não precisa de tempo para se reconectar consigo mesmo?
100 pedaços de mim é um convite irrecusável para mergulhar na complexidade das relações humanas e na fragilidade do ser. Ao final, você não sairá igual; ao contrário, levará consigo essa sensação de que cada pedaço que compõe sua vida é valioso. Podemos ter a impressão de que somos inteiros, mas a verdade é que todos somos um mosaico de experiências, e Dillon nos lembra disso com cada palavra cravada em suas páginas. Afinal, você está pronto para se reencontrar? 💔✨️
📖 100 pedaços de mim
✍ by Lucy Dillon
🧾 416 páginas
2021
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