11 de Setembro de 2001 - Coleção Rupturas
José Carlos Sabe Bom Meihy
RESENHA

O impacto do 11 de Setembro de 2001 reverberou por todo o mundo, alterando o curso da história de uma forma que poucos eventos conseguiram. A obra de José Carlos Sabe Bom Meihy, lançada na Coleção Rupturas, surge como uma reflexão poderosa e inquietante sobre essa data fatídica, que não apenas abalou estruturas físicas, mas também colocou em xeque os pilares da própria humanidade.
Estamos diante de um texto que não se limita a narrar os acontecimentos, mas se propõe a mergulhar nas consequências e nos desdobramentos desse dia que ainda aguarda respostas. Com uma perspicácia aguda, Meihy traz à tona o sentimento de vulnerabilidade, a dúvida, a raiva e a profunda tristeza que permeiam a memória coletiva. Ao ler este livro, você se vê imerso em um turbilhão emocional, confrontando o medo que adormeceu em nossas subconscientes e as reflexões filosóficas sobre a fragilidade da vida, a relação entre nações e a busca incansável por entender a motivação de uma tragédia tão colossal.
Os leitores têm se manifestado com opiniões que transitam entre a admiração pela profundidade das reflexões e a crítica à necessidade de revisitar uma dor já tão presente. Há quem diga que o texto evocou lembranças dolorosas, trazendo à superfície os ecos de vozes que clamam por justiça e redenção. É compreensível; a sensibilidade do autor faz com que cada palavra tenha um peso quase palpável, como se ele quisesse que sentíssemos na pele as chamas da destruição e o frio do luto que a humanidade enfrentou. Por outro lado, risos irônicos estão nas críticas que consideram a abordagem do autor um tanto exagerada, questionando se ainda precisamos revisitar tantos demônios.
É impossível não se deixar afetar pela carga emocional presente nas páginas, tendo em vista que Meihy não apenas narra acontecimentos, mas provoca um questionamento profundo sobre como a coexistência é feita em um mundo cada vez mais dividido. Em tempos onde o discurso da separação e do ódio parece estar em alta, a obra é um grito de solidariedade e compaixão, onde a humanidade se vê forçada a aceitar que o nacionalismo exacerbado e o desprezo pelo próximo nunca foram soluções.
Meihy não é apenas um cronista da história; ele é um provocador, um provocador que nos força a encarar o que está à nossa volta. Cada página do 11 de Setembro de 2001 é um convite a refletir sobre a nossa própria vulnerabilidade e a urgência de construir pontes ao invés de muros. A sua leitura pode desencadear um ataque de lágrimas ou até mesmo um desejo ardente de se tornar um agente de mudança.
Se há algo que essa obra deixa claro é que a história é uma teia de interações e, ao revisitar momentos de dor como o 11 de setembro, somos lembrados de que a fragilidade da paz é um tema sempre atual. Meihy nos desafia a não nos conformarmos com o que já aconteceu, mas a nos engajarmos, a sermos luz em meio ao caos. O que você fará com essa provocação?
📖 11 de Setembro de 2001 - Coleção Rupturas
✍ by José Carlos Sabe Bom Meihy
🧾 64 páginas
2005
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