17 de julho
A gameleira, as lembranças e a história decidida à bala
Joaldo Cavalcante
RESENHA

17 de julho: A gameleira, as lembranças e a história decidida à bala é mais que uma obra; é um mergulho profundo nas profundezas da memória e da brutalidade que molda a história. Escrito por Joaldo Cavalcante, este livro não se limita a palavras; ele é um grito ecoante das almas que habitam a trama do tempo e a sombra das árvores que guardam segredos inconfessáveis.
Com uma narrativa que transita por nostalgia e dor, 17 de julho nos arrasta para o cotidiano de um Brasil que, por vezes, preferimos ignorar. O autor revela as complexas interações entre passado e presente, entre o indivíduo e a coletividade. As gameleiras, majestosas e silenciosas, mas também testemunhas de tragédias, se tornam símbolos desse embate entre a memória e a realidade brutal.
É uma reflexão assustadora sobre como as lembranças podem ser moldadas pela violência. Cada página parece pulsar com a intensidade das vidas ceifadas, da história decidida à bala, da luta pela sobrevivência em terras onde a esperança briga contra a desilusão. O livro evoca um misto de horror e beleza, e você não consegue se desvincular dessa dança cósmica de emoções. É um convite à luta contra o esquecimento, te obrigando a revisitar a história que não hesita em se repetir.
Os leitores se dividem entre a admiração pela prosa lírica e o peso angustiante das verdades reveladas. Críticas surgem, algumas apontando para a crueza do retrato social que Cavalcante pinta, enquanto outras exaltam a coragem necessária para enfrentar essas realidades. As opiniões são tão intensas quanto a obra: alguns clamam que é um soco no estômago da complacência, enquanto outros sentem que o autor poderia ter aprofundado ainda mais os dilemas humanos retratados.
Você vai chorar ou rir, emaranhado nessa trama narrativa que transcende o simples ato de ler. É um espelho que reflete não apenas a dor que foi, mas que ainda é. As gameleiras, com seus troncos robustos, se erguem como guardiãs da humanidade, desafiando-nos a olharmos para as sombras do que foi e das decisões que moldaram o nosso futuro.
Em um Brasil enredado por tensões históricas, 17 de julho é um balde de água fria sobre a ilusão de que a história ficou no passado. Cavalcante nos empurra para o abismo da reflexão, fazendo com que cada leitor se pergunte o que realmente sabemos sobre nosso próprio passado e como ele ainda nos molda. Esta é a verdadeira essência da obra: a luta incessante entre as memórias que queremos preservar e as verdades que tentamos evitar.
Portanto, não se deixe enganar! Se você deseja entender as cicatrizes da nossa história, mergulhe de cabeça nessa leitura. Agameleira não é apenas uma árvore; é um monumento à resistência e à memória, e seu trabalho é nos lembrar: "não se esqueçam do que ocorreu". 🥀
📖 17 de julho: A gameleira, as lembranças e a história decidida à bala
✍ by Joaldo Cavalcante
2020
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