1889
Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil
Laurentino Gomes
📖 1889: Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil
✍ by Laurentino Gomes
🧾 416 páginas
2014
Laurentino Gomes nos brinda novamente com uma obra-prima de narrativa histórica em "1889: Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil".
Com seu estilo inconfundível, Gomes nos transporta para os dias decisivos que puseram fim ao reinado de Dom Pedro II e abriram as portas para a República no Brasil, em um dos momentos mais tumultuados e transformadores de nossa história.
Dom Pedro II, o imperador cansado, surge como uma figura melancólica e desiludida, incapaz de conter as forças republicanas que ganhavam força. Seu cansaço reflete anos de desgaste político e pessoal, numa fase em que a monarquia já não conseguia mais responder aos anseios de um país em ebulição. Gomes pinta um retrato íntimo de um líder que, apesar de sua sabedoria e dedicação, viu seu império ruir diante de seus olhos.
A narrativa se intensifica com a figura do marechal Deodoro da Fonseca, o vaidoso militar cujo ego e ambições pessoais foram cruciais para o golpe que derrubou a monarquia. Deodoro, com sua saúde debilitada e sua relutância inicial, é retratado de forma complexa, revelando suas contradições e motivações. Ele personifica a tensão e a incerteza do momento, tornando-se, mesmo que a contragosto, o rosto da nova República.
E há ainda Benjamin Constant, o professor injustiçado, cujas ideias positivistas e aspirações acadêmicas encontraram eco entre os militares e intelectuais da época. Gomes destaca a influência de Constant como o ideólogo que forneceu a base teórica para o novo regime, transformando-o em um símbolo de esperança e renovação.
Laurentino Gomes, com seu talento inato para transformar fatos históricos em uma narrativa empolgante, nos faz sentir o calor das discussões políticas, o clamor das ruas e a tensão nos bastidores do poder. "1889" não é apenas um relato dos eventos; é uma imersão completa nos dilemas, nas escolhas e nas consequências que moldaram o Brasil moderno.
Os leitores são unânimes em sua admiração pela obra. Muitos elogiam a habilidade de Gomes em descomplicar a história, tornando-a acessível e relevante. A precisão dos detalhes e a profundidade das análises são pontos altos, mas alguns críticos sentem falta de uma abordagem mais acadêmica. Ainda assim, a maioria celebra a maneira como Gomes humaniza os personagens históricos, fazendo com que a transição da monarquia para a república ganhe vida de forma palpável e emocionante.
"1889" é uma leitura essencial para qualquer brasileiro que deseja entender as raízes de nossa República. A obra de Laurentino Gomes não só informa, mas também provoca reflexões profundas sobre nosso passado e nosso presente. Ao terminar o livro, é impossível não se sentir conectado com os eventos de 1889 e com os personagens que desempenharam papéis cruciais nessa virada histórica.
Laurentino Gomes, com sua narrativa envolvente e meticulosamente pesquisada, transforma "1889" em uma experiência literária que vai muito além das páginas do livro. Ele nos faz viajar no tempo, sentir as emoções dos protagonistas e entender as complexidades de um período que definiu o Brasil. E ao fechar a última página, fica a certeza de que conhecemos melhor a nossa história e, consequentemente, a nós mesmos.
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