1927 - Morte ao entardecer

André Arrojado Lisboa da Costa Pereira

Na penumbra da história, há um momento no qual a luz do dia se despede, e as sombras começam a sussurrar segredos que só as almas mais sensíveis conseguem ouvir. 1927 - Morte ao entardecer, de André Arrojado Lisboa da Costa Pereira, mergulha você em uma narrativa que não apenas conta uma história, mas se transforma em um convite à reflexão sobre a fragilidade da vida e a inevitabilidade da morte. 🌅

Do autor, que traz em seu nome a ousadia do que deseja transgredir, somos apresentados a um enredo que não se limita apenas a datas e lugares, mas se embrenha pelos meandros do existir. O Brasil da década de 1920, um país pulsante em transformações sociais e culturais, é o cenário perfeito para que os conflitos humanos sejam expostos e discutidos, em um pano de fundo que faz você sentir o calor do sol se esvaindo no horizonte, enquanto a incerteza da noite se aproxima.

As páginas se desenrolam como um tecido delicado, onde cada fio é uma emoção crua, capaz de sacudir até os mais indiferentes. Nos relatos de Pereira, a morte não é simplesmente um fim, mas um elo que conecta personagens a seus anseios e arrependimentos. Não há romantização aqui; o autor não se esquiva das verdades duras da vida, explorando uma dor visceral que ecoa na memória coletiva. 🎭

A recepção do público é intrigante, com opiniões que oscilam entre a admiração pela coragem de Pereira em expor as fragilidades humanas e a crítica de que sua abordagem é, em alguns momentos, excessivamente sombria. Os debates acalorados nos comentários refletem a capacidade da obra de provocar sentimentos intensos, levando a um questionamento profundo sobre o que significa viver em uma sociedade que muitas vezes tenta ignorar a própria finitude.

Ao longo da narrativa, a atmosfera de mistério e tensão é palpável; a morte é uma personagem que está sempre a espreita, como uma sombra que segue o protagonista. O leitor é compelido a confrontar suas próprias crenças e medos, e a obra se torna uma verdadeira terapia da alma. É difícil não se sentir tocado pelo dilema dos personagens, que se encontram em um jogo entre o desejo e a realidade, entre a esperança e o desespero.

Em um momento estratégico, Pereira sutilmente coloca suas ideias sobre a existência em confronto com as turbulências socioeconômicas do Brasil, trazendo à tona questões que ainda ressoam nas discussões contemporâneas. A intersecção entre o íntimo e o coletivo é magistral, e isso transforma a leitura em algo não apenas estético, mas essencialmente transformador. O autor nos brinda com um olhar que transcende seu tempo, desnudando a condição humana em sua totalidade.

Ao final, fica a sensação de que cada um de nós é convocado a participar desse diálogo profundo sobre a vida e a morte. 1927 - Morte ao entardecer não é uma obra para ser lida e esquecida; é um manifesto que exige que sua voz ecoe em nossos corações muito depois das últimas páginas. Se você ainda não se aventurou por essa jornada, a verdadeira pergunta que deve se fazer é: até quando você vai adiar o enfrentamento de suas próprias verdades? ⚰️💔

📖 1927 - Morte ao entardecer

✍ by André Arrojado Lisboa da Costa Pereira

🧾 143 páginas

2020

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