50 contos de Machado de Assis
Machado de Assis
RESENHA

✨️ Abrace um mundo onde o folclórico e o sublime se entrelaçam, onde a condição humana é disseca numa coreografia literária impecável! "50 contos de Machado de Assis" é uma aventura alucinante pelo emaranhado da alma brasileira, transcendendo cada página num jogo emocional devastador! 📚✨️
Sob as mãos mágicas de Machado, cada emoção nossa é extraída, desnudada, embalada em histórias que orbitam ao redor do cotidiano, mas que fascinam ao revelar profundezas inexploradas da mente e do coração humanos. Personagens complexos e temas pungentes se misturam numa cúpula de elegância literária, deixando os leitores abalados, céticos ou até comovidos. ✨️❤️
Quem você seria nos momentos de solidão, guiando-se pelas entrelinhas da magnanimidade machadiana? Envolva-se nessa epopeia sentimental e existencial que A. E. Age descreveu como sendo de uma "psicologia realçada e realismo psicológico", desafiando-nos a enxergar o bruto e o belo em nossos próprios reflexos. O conto "O Alienista," por exemplo, possui uma ironia mordaz, um verniz perturbador, distorcendo a sanidade ao desnudar o tratamento dos loucos, muito além dos limites institucionais. Este conto encaixa-se perfeitamente na época em que Machado atuava, um Brasil imperial prestes a ser abalado pela abolição da escravatura e a Proclamação da República. 📜🔥
Explodam de dentro para fora "A Cartomante", entregando-vos ao poder do destino e da superstição! Poderíamos brincar de deuses e semideuses guiando-nos pelos óraculos modernos? Aqui, Machado captura o terror e a delicadeza da incerteza, testando os corações de Rita e Vilela, afunilando-se num desfecho que fere a alma e atormenta a sanidade. Quantas pedras já se lançaram nas tranquilas águas da vossa vida, provocando ondulações incontroláveis?
Deixe o olhar matreiro de Machado guiar-vos por travessias emocionais inéditas com "Missa do Galo," onde banalidade e desejo se fundem num prisma multifacetado, com a nostalgia como pano de fundo. Ele ditava, então, as pulsões das entrelinhas de Paris às nostalgias das orlas cariocas, erigindo um diálogo silencioso entre sensualidade e latência.
As palavras de Machado, no final do século XIX e início do XX, moldaram escritores e mentes pensantes do Brasil contemporâneo. Clarice Lispector, João Guimarães Rosa e modernistas como Mário de Andrade encontraram nele uma fonte prolífica de ousadia e perspicácia. Todos nós, sem escapatória, bebemos dessa ligeireza espritual que nos força a revermos até o simples eu-narrador encarnado em Brás Cubas ou Bento Santiago.
📽 Basta uma leitura para absorver, chocar, moldar e imergir os sentidos na aurora das literaturas maltratadas pelas colossais penugens da sofisticação intelectual. Linhas sobre linhas, essas histórias são sussurros persistentes numa noite de insônia (quem nunca?), chamando-vos mais e mais longe, dissimulando a banalidade da vida terrena ao redescobrirmos nossos anseios e limites.
"Quem não conhece a Machado, não conhece a literatura brasileira," susurrava Olavo Bilac, um contemporâneo do autor, respaldando esta loucura erudita com uma verdade intransigente. Promete um toque à vossa alma, e não falha em contribuir ao bronze que nos estimula além da temporalidade ordinária.
Vamos lá, atrevam-se! 🤯 Entregai-vos ao festim das emoções e saiam transformados pelo toque indelével na alma provido por "50 contos de Machado de Assis." Legado insubstituível, seriíssimos em revista da magnitude dos mundos interiores humanos. É uma aventura que desafia a ignorância, levanta véus e, francamente, carece de toda vossa inteireza emocional para ser engolida e, quem dirá, devorada.
📜 Pego vosso coração e mente: não me limito a contar contos, mas a recriar histórias inatingíveis em estados de êxtase e padecimento. Vamos lá, rendam-se e digam em alta qualidade emocional: 🥀 "gratidão ao Dr. Machado".
Machado de Assis, esse gigante da literatura, nos convida a atravessar um espelho encantado e descobrir as profundezas de nossa própria alma em "50 contos de Machado de Assis". Cada história desta coleção é um facho de luz sobre os recônditos mais sombrios e sublimes da existência humana, revelados pela maestria de um dos maiores escritores brasileiros.
Nascido no Rio de Janeiro em 1839, Machado tinha raízes humildes. Um mulato epilético e gago que superou barreiras para se tornar um dos maiores nomes da literatura mundial. Não por ser um produto de seu tempo, mas por transcender a própria época, propondo questões que desafiam a moralidade, o amor, a vaidade, a loucura e a essência do ser humano. É como se fosse um cirurgião da psique, que rasga falsos véus e nos lança a uma roda viva de emoções e verdades nuas e cruas.
"50 contos de Machado de Assis" te coloca cara a cara com personagens que são espelhos de si mesmos: ora irônicos, ora vulneráveis, ora mordazes. O conto "A causa secreta" é um campo minado de hipocrisia social, onde Brás Cubas exibe sua caridade duvidosa, sua crueldade velada. Já "A cartomante" te empurra para um abismo de incertezas e te obriga a questionar até onde vai a fé cega e onde começa a desilusão. E "Pai contra Mãe" te obriga a confrontar os horrores da escravidão, desnudos em sua crueza brutal, e a contraparte de uma sociedade que sangra em seu âmago.
Cada conto é uma janela entreaberta para o mundo multifacetado de Machado: um Rio de Janeiro de ruas barrocas, de salões aburguesados, de morros pobres e um oceano de contradições sociais. O período em que estas pérolas narrativas foram escritas, entre meados e fins do século XIX, carrega a tinta da transição de um Brasil império para uma república incipiente. Machado exorciza os fantasmas da monarquia e delineia as nuances das transformações políticas, mas sem abandonar a narrativa sutil e devastadora que o caracteriza.
Críticos literários de todas as partes do globo veem em Machado um alquimista das letras. Susan Sontag e Harold Bloom elogiaram sua humanidade complexa e a onda de realismo que derrama em sua obra, enquanto Nelson Rodrigues o via como um puro demolidor de falsos ídolos. Se nomes como Lima Barreto e Graciliano Ramos beberam imersos na tinta dessa eloquência, esse efeito dominó de influências continua ecoando até na prosa moderna de um Milton Hatoum ou do polêmico Paulo Lins.
Segurar "50 contos de Machado de Assis" é como dar de cara com um artefato vivo, pulsante, que nos arrasta sem piedade por caminhos tortuosos da alma humana. É impossível, ingênuo e tolo sair ileso desse labirinto de palavras. E o que dizer dos comentários conflitantes dos leitores contemporâneos? 😧 Enquanto há quem se surpreenda pela clareza e atualidade das críticas sociais, outros debatem sobre o tom muitas vezes niilista e irônico que paira como uma névoa sobre os textos.
Entregar-se à leitura desse livro é um exercício de lapidação de percepção e autoconhecimento. E é garantido: não fecharás este livro da mesma maneira como o abriste. Seus contos se intrometerão nas suas conversas, nos seus sonhos e, de repente, te pegará questionando suas próprias ações e intenções.
O convite está na mesa para esse banquete literário. Serás tu capaz de degustá-lo em pleno, saboreando cada gota de ironia, de dor, de redenção? 📚
📖 50 contos de Machado de Assis
✍ by Machado de Assis
🧾 496 páginas
2007
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