A ARCA
Um conto de horror sobre aceitar o que não se pode mudar e responsabilidades às quais não se pode fugir (O MAL HUMANO - Temporada 0 Livro 1)
Joel G. Gomes
RESENHA

Em A ARCA: Um conto de horror sobre aceitar o que não se pode mudar e responsabilidades às quais não se pode fugir, Joel G. Gomes não apenas narra uma história; ele provoca um furacão emocional que coloca o leitor de frente com suas próprias sombras. O autor, com uma prosa afiada e inquietante, cria um ambiente que é ao mesmo tempo familiar e aterrador, onde a realidade se entrelaça com o sobrenatural e a responsabilidade se torna um fardo quase insuportável.
Esta obra é um convite a enfrentar os demônios internos que habitam cada um de nós. Gomes, ao expor o tema da aceitação, nos empurra para um abismo de inquietação, onde as segundas chances e as decisões tomadas e não tomadas se tornam ecos incessantes em nossas mentes. Aqui, cada página é um teste de coragem, uma reflexão sobre até onde você está disposto a ir para fugir de sua própria arca de Noé - a bagagem emocional que você carrega.
Os leitores têm ressoado com esta narrativa de forma intensa, e não é para menos. Muitos se sentiram "sugados" para dentro da história, sendo confrontados com as suas próprias verdades e arrependimentos. Criticas elogiosas destacam a habilidade de Gomes em criar uma atmosfera que mescla o horror psicológico com dilemas éticos profundos. Alguns, no entanto, apontam que a brevidade da obra deixa uma sensação de anseio, como se quisessem se aprofundar ainda mais nas marcas que o autor deixa.
Em uma era em que a responsabilidade pessoal é frequentemente deslocada para terceiros, Gomes nos obriga a olhar no espelho. Ele apresenta personagens que, a partir de suas decisões, se tornam protagonições de suas próprias tragédias. O horror aqui é menos sobre monstros e mais sobre as consequências de ações desmedidas, lembrando que a verdadeira loucura pode estar na negação do que nos define.
Joel G. Gomes também se encaixa em um contexto literário ousado, que se opõe à superficialidade que muitas vezes habitam as prateleiras contemporâneas. Este conto, embora breve, quebra paradigmas e desafia a banalidade com sua profundidade. À medida que você se torna cúmplice das tragédias destes personagens, o seu próprio coração bate em sintonia com as pulsões sombrias da narrativa.
Diante de tais dilemas universais, A ARCA não é apenas um conto; é um grito desesperado e uma súplica por compreensão em um mundo que frequentemente se esquece de refletir sobre suas próprias escolhas. Você é chamado a não apenas ler esta obra, mas a vivê-la, a compreender as nuances que moldam cada decisão. O perturbar do horror se transforma em uma dança de duas faces - aceitar ou escapar. A escolha é sua, mas as consequências podem ser inescapáveis.
Ao longos dos comentários, a polarização é clara: enquanto há quem se incline a se maravilhar com a intensidade psicológica e a crítica social disfarçada em um conto de horror, outros sentem que a ausência de profundidade em certos personagens é uma oportunidade perdida. No entanto, essa tensão cria um espaço fértil para diálogo, e é exatamente isso que um conto marcante deve fazer.
A obra de Gomes é uma verdadeira arremetida de reflexões sobre a condição humana, nos levando a enfrentar a própria arca que cada um de nós constrói ao longo da vida. Ao fechar o livro, você não apenas percebe que acabou de passar por um conto de horror, mas também que passou por um experimento existencial - um chamado para não deixar que nossa própria arca se transforme em um barco furado. 🌊
📖 A ARCA: Um conto de horror sobre aceitar o que não se pode mudar e responsabilidades às quais não se pode fugir (O MAL HUMANO - Temporada 0 Livro 1)
✍ by Joel G. Gomes
🧾 31 páginas
2017
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