A bruxa mais velha do mundo - Com braile
Elizete Lisboa
RESENHA

Em um mundo onde as narrativas sobre magia e mistério nos encantam desde a infância, A bruxa mais velha do mundo se destaca como uma joia rara que ressoa com uma sabedoria antiga e profunda. Escrita por Elizete Lisboa, essa obra convida os leitores a uma viagem ao universo de encantamentos e contos ancestrais. Mas não se engane: aqui não encontramos uma bruxa comum; a protagonista é a própria essência do que significa ser mágico em um mundo que frequentemente tenta desmantelar o que não compreende. 🌌
Com apenas 24 páginas, o livro não se limita a ser simplesmente uma história; ele se transforma em uma experiência. É quase como se cada página fosse um portal que transporta você para uma dimensão onde o tempo se esvai e a sabedoria milenar se revela de formas inesperadas. Os traços de cada ilustração, ainda que simples, falam ao coração e à mente, despertando uma nostalgia naqueles que se lembram das histórias narradas ao anoitecer. Assim, o texto, tratado no sistema Braille, não serve apenas aos leitores com deficiência visual, mas instiga todos a tocarem as palavras e sentirem a magia através dos dedos. ✨️
Lisboa constrói um enredo que instiga à reflexão sobre a passagem do tempo e o papel das mulheres na construção de mitos e na ressignificação de histórias. A bruxa mais velha não é apenas uma figura arquetípica; ela representa todas as mulheres que, ao longo da história, foram marginalizadas e silenciadas. Ao abordar essa temática sob uma perspectiva leve e lúdica, o livro acende a chama da resistência e do empoderamento feminino, propiciando que cada leitor se sinta parte desse legado.
Críticos e leitores têm comentado sobre a sensação quase mística que a obra provoca. "É uma leitura que me fez lembrar da pureza das histórias da infância", diz uma comentarista, enquanto outro arrisca: "A forma como a autora trouxe a bruxaria para o cotidiano é de uma originalidade encantadora." Por outro lado, há quem sinta que o livro poderia explorar ainda mais o caráter subversivo e profundo de sua protagonista, mas essas são críticas que não desmerecem a riqueza simbólica e a simplicidade do que é apresentado.
O contexto histórico em que esta obra foi escrita, em 2005, é particularmente relevante. Em um período onde discussões sobre empoderamento feminino e igualdade de gênero ganhavam força, Elizete Lisboa se coloca como uma voz importante nesse mosaico. Assim como na obra, conceitos de bruxa desafiam convenções e criam espaços de reflexão sobre o que significa ser mulher em um mundo muitas vezes hostil, mas repleto de maravilhas.
Por fim, a leitura de A bruxa mais velha do mundo vai além do que se enxerga à primeira vista. É um convite à introspecção, ao poder da palavra e à magia que reside em cada um de nós. O livro é uma oportunidade de refletir sobre nossas histórias e o legado que deixamos, instigando um desejo incontrolável de saber mais, de sentir mais. Ele é, de fato, uma poção mágica que pode transformar o ordinário em extraordinário, uma verdadeira ode à sororidade e à sabedoria ancestral. Não deixe essa experiência escapar: mergulhe de cabeça e permita-se ser tocado pela bruxa mais velha do mundo! 🌟
📖 A bruxa mais velha do mundo - Com braile
✍ by Elizete Lisboa
🧾 24 páginas
2005
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