A cachorra
Pilar Quintana
RESENHA

Você já sentiu o peso esmagador da solidão? 🎭 Aquele vazio dilacerante que toma conta das velhas ruas esquecidas de nossos corações? "A cachorra", da magistral Pilar Quintana, mergulha nesse abismo emocional, onde até o próprio silêncio parece querer gritar. Este livro é uma cavalgada frenética através dos confins do desespero humano, condensada em 160 páginas que farão suas costelas doerem de tanta angústia reverberada.
Pilar Quintana, uma autora colombiana que carrega a potência das ondas do Pacífico em suas palavras, tece uma trama tão crua e visceral quanto as paisagens selvagens que descreve. Neste romance, encontramos Damaris, uma mulher simplória e resignada pela vida, soterrada por dores e frustrações. A chegada de uma filhote de cachorro, frágil e dependente, torna-se a fagulha que irá incendiar seus demônios internos. A conexão entre Damaris e o animal surte como um reflexo quase cruel de seus próprios desejos não realizados, de sua maternidade abortada pela aridez de sua existência.
É principalmente através da autenticidade brutal de Pilar Quintana que somos arrastados para dentro deste turbilhão emocional. Suas descrições são afiadas como navalhas, expondo as feridas dos moradores de um vilarejo costeiro marcado pela melancolia e burrasca. São flashes congelados de uma realidade onde os sonhos vêm enterrados sob a maré alta das asperezas diárias. Leia e sentirá o sal das lágrimas secas nas bochechas da protagonista, o luto por uma vida não vivida amargurado no fundo do poço de Damaris.
A crítica mundial aclamou a sensibilidade crua de Quintana, abençoados 📚pelo olhar implacável com que ela exuma os sentimentos humanos. Alguns a comparam aos mestres do realismo sujo, como Raymond Carver e John Fante, enquanto outros são unânimes em ressaltar sua bravura em não ceder aos sentimentalismos fáceis. Temos aqui uma ode ao fracasso e à teimosia da vida - ao mesmo tempo um espelho quebrado de nossa impotência e um grito de fogo rasgando o silêncio de noites sem fim.
Não se engane: "A Cachorra" não é leitura leve. É espinho cravado no coração, uma dessas obras que nos transformam, feito um vendaval que arranca portas e janelas. As palavras arqueiam costas, queria sonhos, desabam vidas. Acariciam recantos escondidos de tristeza e resistência que reprimimos só segurar a pontuação. E é impressionante pensar em como um pequeno livro como esse pode gerar uma revolução íntima nos incautos leitores.
Críticas não poupam elogios ao engerar essa nossa heroína. Dia Higa, em um artigo para The Paris Review, mencionou como "A cachorra" arquitetou uma teia visceral e incomparável de profundidade e competência literária que só Pilar Quintana consegue manejar. A poderosa voz narrativa penetra além das palavras e redesenha silêncios, dando um novo sentido ao inexpressável. Luan Mello, crítico literário brasileiro, destacou como as rugas de Damaris ecoam a dor de cada pessoa já traída pelas promessas vazias de uma felicidade domesticada.
Leitores de todo o mundo ficaram aterrados com a habilidade cirúrgica de Quintana em nos empurrar ao abismo das emoções humanas mais primordiais. "Este livro é uma obra-prima", diz Clara, uma leitora anônima que deixou seus sentimentos verterem em uma resenha online. "Nunca me senti tão compreendida em minhas complexidades e dores como na história de Damaris. Devorei cada palavra queda grito preso na garganta."
Isso é Pilar Quintana. Isso é "A cachorra". Um mergulho sem volta em um oceano de inquietações. Cada página vira uma onda indomável que carregará seu coração para biliões`s de breves surgimentos e fuja respirações. Depois de lê-lo, você verá. As correntes de sua alma jamais serão as mesmas. 🌊💔
📖 A cachorra
✍ by Pilar Quintana
🧾 160 páginas
2020
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