A Cidade Assassinada
Peça Em 3 Atos e 7 Quadros
Antonio Callado
RESENHA

A Cidade Assassinada: Peça Em 3 Atos e 7 Quadros é uma obra-prima do dramaturgo Antonio Callado, que se embrenha nas artimanhas da política e nos labirintos do poder em um Brasil em transformação. Publicada pela primeira vez em 1954, essa peça captura a essência de um país que, ainda sob os ecos da ditadura do Estado Novo, luta para encontrar sua identidade. Callado, um maestro das palavras, orquestra um drama que vai além dos palcos, ressoando nas almas de todos que ousam refletir sobre sua realidade.
Nas páginas desta peça, o leitor não apenas observa a trama - ele vive a experiência visceral da cidade enredada em intrigas, corrupções e assassinatos metafóricos que simbolizam o apagamento de vozes e a opressão do povo. Cada ato se desdobra como cortinas de um teatro em que a vida real e a ficção se entrelaçam em uma dança macabra, onde a trama se revela como um eco de nossas próprias angústias e aspirações.
Os personagens, construídos com profundidade psicológica, refletem um espectro da sociedade brasileira: os oprimidos, os cúmplices da opressão e os que resistem. O drama transita entre a comédia e a tragédia, desnudando relações humanas em sua crueza. O espectador é confrontado com o dilema moral de escolher entre a conformidade e a resistência, um convite a refletir sobre o seu próprio papel neste teatro da vida.
Os leitores reagem apaixonadamente a A Cidade Assassinada. Alguns exaltam a capacidade de Callado de expor verdades incômodas, enquanto outros argumentam que a obra é demasiado pessimista. Em um dos comentários mais provocativos, um crítico afirma que "cada linha exala a desesperança de um país que parece não mudar", desafiando os leitores a encarar a dura realidade.
O contexto histórico no qual Callado escreve essa peça é fundamental para sua compreensão. Os anos 1950 foram marcados por tensões políticas, e é nesse caldo de cultura que sua obra floresce. O autor, injustamente relegado a um segundo plano na história literária brasileira, voa em revelações sobre a moralidade em um mundo caótico. Essa resistência ao esquecimento faz de Callado um ícone relevante, cujos temas ecoam nas lutas contemporâneas por justiça e liberdade.
A cidade, nesse enredo, não é apenas cenário; é protagonista. A Cidade Assassinada traz à tona nossas feridas sociais, mas, ao mesmo tempo, sugere que a cura é possível por meio da conscientização e da luta ativa. Não se trata apenas de um relato, mas uma convocação à ação, uma urgência que ressoa ainda mais forte em tempos de crise.
Ao final, o que fica claro é que esta peça não é uma simples leitura, mas uma experiência transformadora. É um lembrete ardente de que a cidade assassinada pode, um dia, ressurgir das cinzas de sua própria história. Não deixe passar a oportunidade de mergulhar nesse mundo complexo e intrincado que Callado tão magnificamente construiu. A reflexão provocada por A Cidade Assassinada é um convite à mudança que você não pode ignorar.
📖 A Cidade Assassinada: Peça Em 3 Atos e 7 Quadros
✍ by Antonio Callado
1954
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