A Cultura Moderna

Roger Scruton

🎭 Como descrever "A Cultura Moderna"? Não há sussurros possíveis, apenas vozes que clamam, gritam, explodem em sua mente enquanto você devora cada página. Roger Scruton não escreveu um simples livro; ele arquiteta um campo de batalha que destrói suas certezas e reconfigura suas percepções, fazendo cada um de nós se questionar sobre aquilo que tomamos por certo.

O cenário apresentado é devastador. Ao abordar temas como a superficialidade do espetáculo, a decadência da música popular e a corrosão dos valores culturais, Scruton não só desmascara os mascarados do nosso tempo, mas esmaga qualquer complacência que tenhamos sobre o que significa viver sob a égide da modernidade. Nada é sacrossanto; nada fica ileso. ✨️ Sua crítica é ferina e pontiaguda; atinge de modo avassalador a cultura popular que tantos de nós aceitamos sem sequer pestanejar.

Através de uma teia de análises socioculturais e filosóficas, Scruton pinta um retrato inquietante do que está em jogo - nada menos do que a alma da civilização. A cada capítulo, sentimos um soco no estômago, uma perturbadora lembrança de que somos corresponsáveis pelo banquete de mediocridade que muitas vezes aceitamos como o cardápio da vida contemporânea.

Estão aqui discutidos artistas, intelectuais, e espetáculos que moldam nossa percepção do que é significante. Com um sarcasmo afinado e uma erudição que faz você se sentir um pigmeu intelectual, Scruton critica as simplificações banais e os falsos ídolos da pós-modernidade - sim, a crítica é áspera, mordaz. Da cultura de massa ao questionamento das obras de vanguarda, vemos desfilar perante nossos olhos uma análise acirrada dos emblemas do nosso tempo.

🎭Palavras não bastam para descrever o quanto "A Cultura Moderna" deflagra uma tempestade emocional. Assim como outros grandes críticos, como T.S. Eliot ou Matthew Arnold, Scruton não hesita em advogar por uma redescoberta do sublime, aquilo que enaltece e não o que denigre o espírito humano. Ele nos força a enxergar que, em nome da "democratização" cultural, perdemos a reverência pelaquilo que eleva: a arte verdadeira, o profundo, o genuíno.

O dissecamento é bárbaro, visceral. Seus argumentos reverberam, e quando tal reverberação ecoa em seu âmago, você sabe que já não pode mais voltar. Uma vez lidas, suas palavras deixam marcas indeléveis, queimam como fogo líquido, obrigando-nos a refletir sobre a cultura na qual estamos imersos, e, talvez, em um tom um tanto messiânico, nos encorajam a buscar uma forma de fuga, uma redenção cultural.

E para aqueles que acham que a crítica implacável de Scruton é um simples exercício de elitismo, é hora de repensar. As palavras podem doer, mas dor também é lucidez. Não resta alternativa senão pedir-lhe que caminhem pelos mesmos espinhos, que sintam a dor, que encarem de frente, olhos atentos, o espelho perturbador que esta obra tanto insiste em nos projetar! 🚀

No calor desta leitura, é impossível não lembrar de pensadores que se debruçaram intensamente sobre a cultura e seus abismos como Harold Bloom e até mesmo Nietzsche. "A Cultura Moderna" compartilha da complexidade e do fôlego intelectual desses gigantes e nos obriga a sair do torpor. Portanto, você já sabe: a leitura não é um ato passivo - a maior obrigação é reagir, refletir e renovar. Só os leitores servilmente conformados cruzarão as páginas incólumes.

Roger Scruton nos mostra que, sim, os tempos modernos são muitas vezes um pedaço monocromático de lixo espetacular; mas não precisamos aceitar isso com resignação! Ao revisitar capítulos incandescentes desta obra, você vai desejar que cada debate e cada confronto cultural levem à revolução individual e coletiva. No fim, a cultura moderna pode parecer um verniz brilhante em uma casca vazia. Mas ao terminar esta leitura, não há escolha, senão pôr a alma em movimento, transcender o ordinário. Que jornada! Que fardo lindamente pesado!

📖 A Cultura Moderna

✍ by Roger Scruton

🧾 210 páginas

2021

Nesta obra polémica desde o primeiro parágrafo, Roger Scruton apresenta uma defesa da alta cultura contra os ataques do desconstrutivismo e demais correntes dos chamados Estudos Culturais.

E você? O que acha deste livro? Comente!

#cultura #RogerScruton