A dobra
Leibniz e o barroco
Gilles Deleuze
RESENHA

A dobra: Leibniz e o barroco é um convite provocativo ao mergulho profundo nas intersecções entre filosofia, matemática e na estética barroca que moldou o pensamento ocidental. Gilles Deleuze, com sua prosa electrizada, realiza uma dança intelectual que leva o leitor a um verdadeiro labirinto de ideias, onde cada curva revela uma nova dimensão do pensamento.
Neste ensaio teórico fascinante, a dobra não é apenas uma metáfora; é uma chave que abre portas para compreendermos o universo e suas complexidades. O conceito que Deleuze tira do trabalho de Leibniz se transforma em uma lente através da qual podemos enxergar não só a matemática, mas a própria natureza do ser e do tempo. Cada dobra é uma nova possibilidade, uma nova forma de enxergar o mundo que nos rodeia. E, como leitores, somos desafiados a nos contorcer e nos adaptar a esses novos paradigmas.
Ao fazer uma visita a Leibniz, Deleuze não apenas homenageia o filósofo, mas também nos instiga a repensar a nossa relação com conceitos como a continuidade e a descontinuidade, a singularidade e a multiplicidade. O barroco, com sua exuberância e complexidade, serve como pano de fundo para essa exploração. A obra captura a essência de um período marcado pela tensão entre o caos e a ordem, o que ressoa com as realidades contemporâneas que vivemos. A reflexão que o autor propõe é tão rica e multifacetada que deixa o leitor em um estado de quase êxtase intelectual.
As opiniões sobre A dobra são amplamente variadas e apaixonadas. Alguns leitores se sentem perdidos na complexidade das ideias, enquanto outros se entregam de corpo e alma à nova forma de ver o mundo proposta por Deleuze. Críticos ressaltam que a obra é um marco que transcende a filosofia tradicional, mas também não faltam vozes que se sentem sobrecarregadas pela densidade teórica. É um verdadeiro divisor de águas: você ama ou odeia, e essa polarização é parte do que torna o livro tão irresistível.
Extraindo do barroco não apenas suas formas artísticas, mas também suas dinâmicas sociais e culturais, Deleuze nos lembra de que a dúvida e a ambiguidade são partes intrínsecas da condição humana. Ao final, A dobra: Leibniz e o barroco não é apenas uma leitura; é uma experiência que mexe com seus sentidos e provoca uma revolução silenciosa na maneira como você entende o que é ser humano. Ao fechar o livro, você não é mais o mesmo; é um viajante que percorreu um caminho tortuoso e revelador, onde a lógica se entrelaça com a emoção.
Este livro não é só uma obra filosófica; é uma revolução na forma de pensar. Não é à toa que muitos gritam em uníssono: é uma leitura essencial! E agora, será que você vai deixar passar esse convite irresistível e transformador? 🌌
📖 A dobra: Leibniz e o barroco
✍ by Gilles Deleuze
🧾 240 páginas
1991
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