A feira dos discos
A cena do vinil em Aracaju, de seu Quirino ao João dos discos, da Freedom à Distúrbio Sonoro
André Teixeira
RESENHA

Na pulsante Aracaju, onde o calor do sol se mistura à melodia dos discos de vinil, surge uma obra que não é apenas um livro, mas uma ode ao som que marcou uma geração. A feira dos discos: a cena do vinil em Aracaju é um mergulho profundo nas raízes e nas transformações da música em uma cidade vibrante. Com a prosa envolvente de André Teixeira, somos transportados para um universo onde cada faixa é uma história e cada cara que atravessa a feira é um capítulo inédito.
A obra não se limita a contar sobre os heróis e as feridas do vinil. Com um estilo que faz a narrativa pulsar como um bom som de guitarra, Teixeira nos apresenta personagens emblemáticos como seu Quirino e João dos Discos, figuras que, entre a nostalgia e a modernidade, labutam para manter viva a cultura do disco em meio ao avanço digital. Aqui, a música não é só entretenimento; ela é um patrimônio emocional, uma memória coletiva que precisamos resgatar, refletir e celebrar. 🎶
O autor, em um momento brilhante, faz alucinações sonoras: é impossível não sentir o cheiro do mofo dos discos antigos, nem recordar as tardes sob o som do rock nacional, do samba, e a batida do axé que ecoava por todo o estado. Teixeira entrelaça vivências pessoais, contextos sociais e uma crítica mordaz à forma como a indústria musical ignora as raízes que sustentam seus grandes nomes. O que ele nos presenteia não é apenas um livro, mas um manifesto da identidade aracajuana.
Obsessões, paixões, e a luta pela sobrevivência do vinil permeiam as páginas, e a paixão de Teixeira é contagiante. Cada seção do livro é um convite a refletir sobre o nosso papel na preservação dessas memórias sonoras. Ele não tem medo de explorar as sombras da cena musical, revelando as dificuldades enfrentadas por quem trabalha com discos, os dilemas de um mercado em transformação e o que isso significa para a cultura local. Um deleite para os amantes da música e da história!
Os leitores têm se mostrado extasiados com a profundidade da pesquisa e a paixão nas palavras de Teixeira. Alguns, no entanto, questionam a falta de uma análise mais contundente sobre o impacto global do vinil, mas quem se arrisca a criticar a energia vibrante que este livro traz? A música é um mar de sentimentos, e A feira dos discos nos lembra que não são só os números que importam, mas sim as histórias vividas entre as notas.
As emoções correm soltas e a atmosfera é palpável. O livro é uma carta de amor a Aracaju e à cultura do vinil, encorajando uma necessidade urgente de conexão com nossas raízes musicais. Mergulhar nas páginas de André Teixeira é como dançar nas feiras de discos, onde cada batida da música reacende chamas de saudade e esperança. Não se surpreenda se, ao final da leitura, você se sentir compelido a buscar um disco perdido, um som esquecido, ou a se envolver na cena local, pois a verdade é que A feira dos discos é um chamado à ação: um lembrete poderoso de que a música é a melhor forma de conectar passado e presente. 🎧
📖 A feira dos discos: a cena do vinil em Aracaju, de seu Quirino ao João dos discos, da Freedom à Distúrbio Sonoro
✍ by André Teixeira
2018
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