A memória e o guardião
Em comunicação com o presidente da República Relação, influência, reciprocidade e conspiração no governo João Goulart
Juremir Machado da Silva
RESENHA

Quando você mergulha nas páginas de A memória e o guardião, sua mente é imediatamente transportada para os meandros polêmicos da política brasileira da década de 1960. Juremir Machado da Silva, por meio de sua escrita única e provocativa, revela os labirintos de poder, influência e tragédias que cercam o governo de João Goulart. É uma obra que não apenas relata a história, mas que a reconfigura, dando voz a narrativas silenciadas.
Este livro não é apenas uma narrativa sobre um presidente e seu governo; é um convite a refletir sobre a própria memória política do Brasil. O autor entrelaça a relação entre poder e comunicação, expondo como essas interações moldaram o destino de um país no limiar de um golpe militar. Ao perguntar-se sobre a reciprocidade e a conspiração que permeavam os corredores do poder, Juremir provoca em nós não apenas interesses acadêmicos, mas um turbilhão emocional que nos faz sentir a gravidade das decisões feitas sob pressão.
Os leitores mais acérrimos sentem que a obra provoca reações polarizadas. Uns a veem como um olhar essencial e corajoso sobre um período obscuro, enquanto outros criticam a interpretação proposta, questionando a imparcialidade do autor. É aqui que a beleza do texto se revela: não há respostas fáceis. O livro é um debate vivo, um campo de batalha de ideias e memórias que se conectam à nossa própria vivência coletiva.
Contextualmente, Juremir Machado não ignora as sequências de crises políticas que ecoam até os dias de hoje. A conexão com os eventos contemporâneos, como as tensões que ainda permeiam o cenário político brasileiro, faz do texto um alerta sobre os riscos de esquecer regras tão básicas e essenciais da democracia. A história não é um simples relato do passado; é uma incessante luta pela verdade e pelo reconhecimento das vozes que, como as de Goulart, ainda ecoam em busca de justiça.
Os comentários dos leitores versam sobre a capacidade de Juremir em envolver a todos em seu discurso ardente, tocando na sensibilidade de muitos que viveram essa época ou ainda lutam para entender as complexidades do presente. As críticas mais contundentes aparecem quando leitores sentem que o autor se aproxima mais de um ativismo intelectual do que de uma narrativa estritamente histórica. Essa tensão é o que torna a obra eletricamente fascinante.
Ao concluir sua leitura, você não é apenas um espectador passivo da história; você é convocado a ser parte dela, a questionar e a se envolver com as narrativas que definem nossa coletividade. A memória e o guardião é, acima de tudo, um manifesto. Um chamado à ação para que cada um de nós se encarregue de não apenas ler, mas de fazer história a partir das lições encontradas neste texto. E você, está pronto para se debruçar sobre essa reflexão e transformar sua visão sobre o passado e o futuro do Brasil?
📖 A memória e o guardião: Em comunicação com o presidente da República: Relação, influência, reciprocidade e conspiração no governo João Goulart
✍ by Juremir Machado da Silva
🧾 364 páginas
2020
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