A Menina que Chorava que nem Louca
Fernando Bonassi
RESENHA

A Menina que Chorava que nem Louca de Fernando Bonassi é mais do que uma simples narrativa; é um grito visceral da infância e suas complexidades. Em suas 48 páginas, o autor transforma as lágrimas de uma menina em um espelho da fragilidade e intensidade dos sentimentos humanos. Aqui, a dor e a alegria se entrelaçam em uma dança angustiante que ressoa com todos nós, lembrando-nos de que, por trás de cada lágrima, há uma história a ser contada.
A menina, em sua jornada emocional, chora não por fraqueza, mas por uma força interna que desafia os limites do entendimento. Ela transcende a mera figura de uma criança, tornando-se um símbolo da luta pela expressão verdadeira dos sentimentos em um mundo que muitas vezes tenta nos silenciar. Bonassi, com sua habilidade magistral de capturar a essência da experiência infantil, nos transporta para um universo onde o choro é uma forma de resistência, um clamor por escuta e validade.
A urdidura da história provoca uma reflexão profunda sobre a vulnerabilidade e a autenticidade. O autor, que é conhecido por seu olhar crítico e poético, mergulha o leitor em um turbilhão emocional que revela a complexidade das relações humanas e a importância de se permitir sentir. A obra instiga a questionar: por que é socialmente aceitável reprimir lágrimas, quando elas são a janela mais pura da alma?
O feedback de leitores vai desde a adoração à capacidade de Bonassi em capturar o ser humano em sua essência até críticas sobre a simplicidade da trama. Alguns afirmam que a história poderia ter se aprofundado ainda mais nas nuances emocionais, enquanto outros destacam a beleza de sua brevidade como uma forma de deixar o impacto mais forte e imediato. Este contraste de opiniões propõe um debate valioso sobre a literatura voltada para crianças, levando à pergunta se a simplicidade pode, de fato, representar a complexidade da vida.
A obra de Bonassi é um convite para que nós, adultos, revisitemos a nossa infância e reavaliemos como lidamos com a dor, a alegria e, principalmente, a vulnerabilidade. O choro da menina não é apenas uma expressão de tristeza; é um chamado à consciência, uma lembrança de que todos carregamos nossas próprias batalhas. Para os que se deixaram levar por sua leitura, a sensação de ter sido atingido por uma tempestade emocional é inegável, um fenômeno que faz com que cada lágrima derramada ecoe na memória.
Por isso, A Menina que Chorava que nem Louca não é apenas um livro, mas um espelho que reflete a sua própria infância, suas próprias lágrimas. Se você ainda não se aventurou por essas páginas, está perdendo a oportunidade de sentir na pele o que significa ser humano em toda a sua plenitude. É um chamado para resgatar a autenticidade perdida e lembrar que chorar não é sinônimo de fraqueza, mas sim de coragem. 🌊✨️
📖 A Menina que Chorava que nem Louca
✍ by Fernando Bonassi
🧾 48 páginas
2007
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