A pescaria do Curumim e outros poemas indígenas
Tiago Hakiy
RESENHA

Em um universo onde as vozes indígenas frequentemente se perdem nas brumas da história, A pescaria do Curumim e outros poemas indígenas emerge como um farol de autenticidade e sensibilidade. Tiago Hakiy nos leva a uma viagem lírica, onde o pulsar da natureza e as tradições ancestrais se entrelaçam em versos que dançam como folhas ao vento. Esta obra não é apenas um livro; é uma experiência visceral, um convite irreprimível ao coração.
Com uma linguagem acessível e poética, Hakiy revela a riqueza da cultura indígena, criando um diálogo íntimo entre o leitor e um mundo repleto de sabedoria e conexão com a terra. As histórias contidas nos poemas despertam uma nostalgia profunda e um orgulho por raízes que muitos de nós talvez nem conhecemos, mas que reverberam em nosso ser. Você sente? Essa ressonância é um chamado à reflexão sobre quem somos e de onde viemos!
Os versos, por vezes suaves, por vezes contundentes, traçam um retrato vibrante da vida no seio da floresta. Com olhos como os de um curumim, somos levados a avistar a beleza do cotidiano indígena, a simplicidade do ser que, em sua essência, é profundamente complexo. O autor evoca sentimentos de fraternidade, solidariedade e uma urgência quase palpável de resgatar a história de um povo que ainda resiste, que ainda sonha e que ainda pesca - metaforicamente e literalmente - em águas profundas.
Os comentários dos leitores refletem uma reverberação intensa desses sentimentos. Muitos destacam a capacidade do autor de tocar em feridas abertas, trazendo à tona não só a beleza, mas também as injustiças enfrentadas pelos povos indígenas. Alguns, no entanto, argumentam que a obra poderia ter explorado ainda mais a diversidade das experiências indígenas, mas esse debate apenas sublinha a relevância do tema. A arte, afinal, provoca, incita e gera discussões acaloradas.
E é exatamente isso que Hakiy faz: provoca. Ele não oferece respostas definitivas, mas sim um espelho onde as realidades se refletem e se entrelaçam. Suas palavras são portas que se abrem, revelando paisagens emocionais que nos obrigam a enxergar. Ao folhear essas páginas, você não apenas lê; você mergulha em um oceano de emoções, onde cada poema é uma onda que vem e vai, levando consigo suas preocupações e trazendo à tona novos questionamentos.
A oportunidade de abraçar essa obra é quase uma questão de responsabilidade. Em tempos onde a inclusão e a diversidade estão em pauta, A pescaria do Curumim brada por espaço na estante de todo amante da literatura. Não se trata apenas de um livro de poemas; é um manifesto de resistência, um apelo à união em torno da preservação das culturas que moldaram nosso país.
Através de seus versos, Hakiy não apenas narra, mas também ensina. Ele nos ensina a observar o mundo com olhos mais atentos, a escutar as histórias que sussurram através das árvores e dos riachos. Ele nos conecta a um legado que não se restringe apenas ao passado, mas que pulsa vigorosamente no presente - e, se tivermos coragem, também no futuro.
Em suma, não se deixe enganar pela simplicidade aparente do que é lido. O que está nas páginas de A pescaria do Curumim e outros poemas indígenas é uma fundação vibrante, um tesouro que precisa ser compartilhado. Venha, leia! Deixe-se levar por essa correnteza de sentimentos, reflexões e, acima de tudo, por um profundo respeito à diversidade cultural que nos compõe. 🌊✨️
📖 A pescaria do Curumim e outros poemas indígenas
✍ by Tiago Hakiy
🧾 36 páginas
2015
E você? O que acha deste livro? Comente!
#pescaria #curumim #outros #poemas #indigenas #tiago #hakiy #TiagoHakiy