A princesa que escolhia
Ana Maria Machado
RESENHA

A princesa que escolhia é uma obra que desafia as tradições e explode a ideia romântica de príncipes e castelos. Escrito pela talentosa Ana Maria Machado, esse livro é muito mais do que uma simples história para crianças; é uma ode à autonomia e à liberdade de escolha, um convite para que todos, especialmente os mais jovens, reflitam sobre seus próprios caminhos e decisões.
Em suas apenas 40 páginas, Machado cria um mundo fascinante onde a princesa, ao contrário do esperado, faz as suas próprias escolhas, desmantelando estereótipos que têm povoado contos de fadas por gerações. Ela não se contenta com o destino pré-estabelecido; a protagonista é uma mulher de ação, que decide seu futuro e o molda conforme suas vontades e sonhos. Essa narrativa vai além do lúdico e provoca uma profunda reflexão sobre o papel da mulher na sociedade, especialmente em um contexto onde a voz feminina ainda luta para ser ouvida e valorizada.
Os leitores, muitos dos quais já esperavam uma história recheada de clichês em uma época onde as narrativas tradicionais ainda se perpetuam, experimentam um choque gratificante com a força e a determinação da princesa. As opiniões sobre a obra são amplas, com muitos ressaltando como Machado consegue transformar um formato tão familiar em algo fresco e relevante. Commentários destacam a importância da mensagem de empoderamento e a relevância de se cultivar a autonomia desde a infância, abrindo portas para discussões sobre gênero e sociedade que são tão necessárias no mundo contemporâneo.
Embora alguns leitores sejam mais céticos quanto à simplicidade do enredo, o que pode, à primeira vista, parecer um detalhe, ao analisá-lo, revela-se uma profundamente matizada reflexão sobre as ferramentas da narrativa. A escolha de um texto leve é uma estratégia inteligente para fazer com que a mensagem ressoe entre crianças e adultos. Afinal, é impossível não se deixar impactar por uma história que nos obriga a enxergar além da superfície da narrativa.
Ana Maria Machado se consolidou como uma das grandes vozes da literatura infantil brasileira, e em A princesa que escolhia, ela nos guia por uma jornada que não só entretém, mas que também provoca um incomodo benéfico nas expectativas do leitor. O subtítulo não oficial dessa obra poderia perfeitamente ser "A Revolução das Princesas", desafiando a ideia de que a figura feminina deve caber em moldes rígidos.
Seria um erro negligenciar a maestria com que a autora costura elementos clássicos com a modernidade. O livro se torna um manifesto sobre a escolha. A leitura entra na mente do leitor como uma brisa fresca e revigorante, e você, caro leitor, pode até sentir a emoção pulsar em seu coração ao perceber que esse é um chamado à ação. As metáforas que permeiam a narrativa são como pequenos gritos de liberdade, e ao final, o que fica é uma sensação de empoderamento que transcende gerações.
Não deixe de mergulhar nesse universo encantador e provocador. A princesa que escolhia está longe de ser apenas mais um conto de fadas; é um portal para discutir o que realmente significa escolher. O que você, leitor, escolherá para a sua própria história?
📖 A princesa que escolhia
✍ by Ana Maria Machado
🧾 40 páginas
2017
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