A última Pedra
Vícios Têm Cura
Rogério Formigoni
RESENHA
Quando você mergulha na leitura de A última Pedra: Vícios Têm Cura, de Rogério Formigoni, percebe que não está apenas diante de um livro. Você se depara com uma potente balança que tenta, de forma magistral, equilibrar a dor e a esperança, o vício e a cura, em um relato que ressoa profundamente na alma, quase como um mantra que ecoa incessantemente. Este não é um manual de autoajuda qualquer; é um convite à transformação, uma literatura que exige mais do que a simples leitura: exige reflexão, confronto e, quem sabe, até uma mudança de vida.
Nesse intrigante ensaio, o autor compartilha sua experiência imersiva no universo dos vícios, não apenas como um mero observador, mas como um cúmplice das dores alheias e, no entanto, um verdadeiro porta-voz de possibilidades. Formigoni nos arrasta com uma litania de histórias reais, onde pessoas comuns enfrentam batalhas extraordinárias contra seus demônios internos. Ao abordar temas como dependência química, compulsões e a busca por cura, o autor não se furta em desnudar as feridas abertas, tratando-as com um toque quase poético. Cada página vibra com a intensidade de quem já se perdeu, mas encontrou, a duras penas, o caminho de volta.
É impossível não sentir a carga emocional que permeia a narrativa. Os testemunhos de transformação são descritos com tal vivacidade que, ao final, você pode se pegar questionando suas próprias relações com vícios, sejam eles pequenos ou devastadores. Os comentários dos leitores estão repletos de reverência; muitos afirmam que o livro é um divisor de águas. Outros, no entanto, criticam a abordagem de Formigoni, questionando a eficácia de suas propostas. Mas isso é um reflexo da intensidade do tema: a cura nunca é um processo linear, e as reações dela derivadas são tão variadas quanto as experiências de vida.
O autor, um ícone no campo da saúde mental e espiritualidade, não oferece fórmulas mágicas, mas delineia um mapa. Um mapa que pode ser árduo, repleto de atalhos e desvios, mas que, ao ser percorrido, faz o leitor sentir cada emoção na pele. Numa sociedade onde os vícios são frequentemente escondidos sob o manto do estigma, a obra busca abriu um espaço para a conversa, transformando o silêncio em um grito de liberdade.
O apelo de A última Pedra reside em sua simplicidade e, ao mesmo tempo, na complexidade das vidas que aborda. Cada capítulo é um convite a um íntimo diálogo interno, desafiando você, leitor, a reavaliar o que realmente importa na sua vida. E assim, aqui estamos - diante de uma obra que não apenas fala sobre vícios, mas que pergunta, em letras garrafais,: até onde você está disposto a ir para encontrar a sua cura?
Espremido entre as páginas, a mensagem é clara: todos nós carregamos pedras. Mas o que importa não é a pedra que carregamos, mas o que decidimos fazer com ela. 💎 E você? Está pronto para deixar a última pedra para trás?
📖 A última Pedra: Vícios Têm Cura
✍ by Rogério Formigoni
🧾 112 páginas
2014
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