A vertigem da imortalidade
Paulo Schiller
RESENHA

Quando o tema é a busca pela imortalidade, A vertigem da imortalidade, de Paulo Schiller, se revela como uma obra não apenas provocante, mas uma experiência sensorial que despedaça as barreiras entre a vida e a morte. Neste livro, Schiller não fala simplesmente sobre a eterna busca do ser humano por se desvencilhar da mortalidade; ele desdobra essa busca em camadas complexas que questionam nossa própria existência e a fragilidade de nossos anseios.
Através de uma prosa afiada e densa, o autor nos conduz por um labirinto de reflexões que nos fazem sentir a palpitação do que é ser humano. A ideia de imortalidade, que muitos consideram um objetivo sublime, é aqui explorada sob a ótica do absurdo e da angústia. Schiller nos obriga a confrontar o desejo incontrolável de escapar do inevitável, enquanto nos faz questionar se a vida sem fim seria, de fato, um presente ou uma maldição.
Um dos aspectos mais impactantes da obra é a maneira como o autor insere o leitor em sua narrativa. Cada página pulsa com a intensidade de um coração acelerado, revelando a luta interna do protagonista, que espelha a batalha de todos nós: viver plenamente, a despeito da efemeridade. É uma leitura que vai além do mero entretenimento; é um chamado à ação para que você, caro leitor, reavalie suas próprias motivações e medos. A imortalidade, como Schiller sugere, pode ser uma armadilha digna de nossos piores pesadelos.
Os comentários dos leitores em torno da obra são tão polarizados quanto as reflexões que a sustentam. Alguns a consideram uma jornada iluminadora, um convite a refletir sobre nosso lugar no mundo e a inevitabilidade da morte. Outros, no entanto, criticarão a densidade da prosa e a complexidade das ideias, argumentando que o autor poderia ter abordado o tema com mais leveza. Contudo, é exatamente essa intensidade que faz A vertigem da imortalidade brilhar e permanecer na memória.
O contexto em que Schiller escreveu sua obra, no início dos anos 2000, não é irrelevante. Em uma época em que a tecnologia prometia a vida eterna através de avanços médicos e digitais, a obra surge como uma crítica avassaladora à superficialidade desse conceito. Aqui, não existe espaço para o escapismo. A verdadeira essência da vida está no que deixamos para trás e na marca que deixamos nos outros, não em um tempo infinito para acumular experiências.
Assim, você se vê colidindo com a realidade das suas próprias escolhas e prioridades. O que significa viver? O que realmente importa? Ao final, A vertigem da imortalidade não te dará respostas prontas, mas provavelmente deixará uma inquietação latente que vai doer como uma ferida aberta. Leia e sinta essa ferida pulsar; é aí que a vida acontece. 💔
📖 A vertigem da imortalidade
✍ by Paulo Schiller
🧾 168 páginas
2000
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