A vida de um rio morto
A vida de um rio morto Monumento ao Rio Doce
Carlos Nejar
RESENHA
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Ao folhear as páginas de A vida de um rio morto: Monumento ao Rio Doce, de Carlos Nejar, você logo perceberá que não está apenas diante de um livro, mas sim de um épico lamento ao ecossistema brasileiro, uma ode melancólica ao que foi e ao que pode ser perdido. Este autor, com a sua habilidade poética inigualável, transforma o Rio Doce em um personagem central e vulnerável, um testemunho do sofrimento que permeia a relação entre o homem e a natureza.
Neste relato que se desenrola como um rio que serpenteia entre as lembranças e os lamentos, Nejar nos revela a beleza e tragédia de um ecossistema que foi despojado de sua vitalidade. Suas palavras, carregadas de uma sensibilidade ímpar, fluem como águas cristalinas, nos guiando por trechos de um passado glorioso, onde o rio era sinônimo de vida e abundância. Mas não se engane, pois neste labirinto de prosa lírica, o leitor é confrontado com a cruel realidade da devastação. O que deveria ser um símbolo de vida agora reflete a morte, a poluição e a indiferença.
Ao longo dos 176 páginas, você encontrará não apenas uma crítica ambiental, mas uma profunda reflexão sobre a nossa responsabilidade como sociedade. Nejar, com um olhar afiado e poético, instiga o leitor a refletir sobre a importância da preservação. Esse não é um chamado à ação comum; é um grito desesperado que reverbera em cada palavra, abrindo os olhos e corações para um futuro que, se não for urgente, pode se tornar sombrio.
Os comentários dos leitores são um mosaico de emoções: alguns exaltam a beleza quase musical da prosa de Nejar, enquanto outros se sentem desafiados e incomodados pela dura realidade que o autor apresenta. Críticos destacam a profundidade da obra, mas também há aqueles que argumentam que o tom melancólico é um tanto excessivo para alguns paladares. Essa polarização é um reflexo do impacto que A vida de um rio morto causa; não se pode simplesmente ficar indiferente.
Carlos Nejar, um poeta e romancista reconhecido, utiliza suas raízes e experiências para moldar este livro, fazendo da sua voz uma verdadeira sinfonia de protesto e reflexão. O que ele oferece é mais do que um relato; é uma experiência emocional que nos convida a nos aprofundar em nossa conexão com o meio ambiente e as consequências das nossas ações.
Enquanto lê, você pode sentir o frio na barriga, a empatia brotando por aqueles que dependem do rio para viver, a raiva diante da ignorância coletiva que muitos demonstram. Este livro é uma lição: ao ignorar as fragilidades do nosso habitat, estamos por um fio, prestes a mergulhar em um abismo irreversível. Se você ainda não leu, a pergunta que deve ecoar em sua mente é: o que você vai fazer para mudar essa narrativa? 🌊✨️
📖 A vida de um rio morto : Monumento ao Rio Doce
✍ by Carlos Nejar
🧾 176 páginas
2015
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