Agressão Conjugal Mútua - Justiça Restaurativa e Lei Maria da Penha Psicologia Jurídica
Ivonete Granjeiro
RESENHA

A realidade da violência doméstica não é apenas uma estatística triste; ela é um grito ensurdecedor que ecoa em cada lar que sofre sob seu peso. Em Agressão Conjugal Mútua - Justiça Restaurativa e Lei Maria da Penha Psicologia Jurídica, Ivonete Granjeiro mergulha nas profundezas desse tema, explorando nuances que muitas vezes ficam à margem da discussão convencional. Este livro é um convite para refletir, questionar e, acima de tudo, sentir a gravidade de um argumento que parece trivial, mas que é a essência da dor humana: a convivência forçada com o sofrimento.
Na verdade, a obra oferece uma visão corajosa sobre um tema que gera controvérsia: a agressão conjugal mútua. Ao provocar um olhar crítico sobre a Lei Maria da Penha, Granjeiro nos força a encarar a complexidade da psicologia jurídica. Ela não apenas relata casos, mas analisa as estruturas sociais que levam à banalização da agressão, seja ela física ou psicológica. É aqui que entra a repercussão da justiça restaurativa, uma alternativa que ressoa como um sussurro de esperança em um ambiente de desespero: a possibilidade de cura, de reconciliação, de um novo olhar sobre as relações.
Os leitores que se aventurarem por essa leitura encontrarão um emaranhado de emoções e uma maré de questionamentos que os farão repensar suas próprias visões sobre a justiça e a reparação no contexto da violência de gênero. As opiniões sobre o livro variam - alguns criticam por trazer um enfoque que pode parecer polêmico, outros exaltam a coragem da autora em abordar um tema tão delicado com uma profundidade impressionante. O debate está aberto e fervilhante, assim como a dor que perpassa as páginas.
Historicamente, a obra foi escrita em um momento em que a sociedade brasileira ainda lutava para reconhecer a magnitude da violência doméstica. A Lei Maria da Penha, embora considerada um marco legal, esbarrou em visões reduzidas que ainda permeiam a cultura. Granjeiro é, portanto, uma voz crucial nesse cenário; ela é um farol que ilumina os meandros da legislação e seus efeitos sobre vidas reais.
Conectar-se com a obra é mergulhar em uma espiral de emoções. A cada capítulo, a autora força o leitor a encarar o desconforto, a dor, a revolta e, por que não, a esperança. O poder das palavras de Granjeiro é indiscutível: elas clamam por mudança e nos instigam a querer ouvir, entender e agir. A necessidade de desmistificar os papéis de vítima e agressor é um chamado urgente que ecoa nas entrelinhas desta obra.
Não é só um livro. É um manifesto, um grito de liberdade e um convite à empatia. A reflexão que surge ao se deparar com Agressão Conjugal Mútua é uma viagem que não tem como voltar atrás. A transformação da mentalidade começa aqui, neste expositor de verdades que os olhos relutam em enxergar, mas que a mente não pode ignorar. Não fique de fora dessa discussão - a dor e a esperança pedem sua atenção.
📖 Agressão Conjugal Mútua - Justiça Restaurativa e Lei Maria da Penha Psicologia Jurídica
✍ by Ivonete Granjeiro
🧾 244 páginas
2012
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