Ainda Habito em Ruínas
Gabrielli Casseta
RESENHA

Em Ainda Habito em Ruínas, Gabrielli Casseta constrói uma narrativa que transcende o tempo e o espaço, convidando você a mergulhar em um mundo onde as cicatrizes da memória e as ruínas das relações dão forma a uma existência repleta de significados. O que acontece quando o passado não abandona o presente? Quando as lembranças se tornam não apenas fantasmas, mas protagonistas da vida diária? Aqui, a autora nos apresenta um drama humano visceral que ressoará em cada um de nós, independentemente de nossas histórias individuais.
A trama, composta por um mosaico de sentimentos, é uma reflexiva jornada por um território emocional devastado. Os personagens, moldados pelas perdas e pelas esperanças, se transformam em espelhos de nossas próprias lutas internas. Entre páginas pungentes e arrebatadoras, encontramos um retrato da fragilidade humana. A escritora não teme expor as feridas; pelo contrário, as ensina a dançar sob a luz da vulnerabilidade. As ruínas, assim, se tornam um espaço de reconstrução, onde a dor pode ser reconfigurada em coragem.
Os leitores que se aventuram neste universo celebrado por sua poesia crua e poderosa frequentemente se deparam com reações apaixonadas. Muitos destacam a forma como a prosa de Casseta consegue humanizar suas experiências, evocando uma empatia instantânea. Contudo, algumas críticas emergem, questionando se a intensidade emocional da obra pode, em certos momentos, transparecer como um peso excessivo. Mas seria essa carga negativa ou, na verdade, uma provocação necessária para um confronto verdadeiro com os nossos próprios "escombros" internos?
O pano de fundo sobre o qual a autora desenha essa narrativa evoca também as complexidades da vida contemporânea. Longe de se restringir às suas experiências pessoais, Gabrielli Casseta conecta suas histórias às referências culturais e sociais que permeiam nossa realidade. Isso traz um notável frescor à obra, evocando desconfortos e reflexões sobre as relações que cultivamos, muitas vezes superficiais, enquanto nos afligimos com um passado que não se apaga.
A habilidade de Casseta em tecer imagens vívidas e emocionais faz com que cada parágrafo se torne uma experiência sensorial. As ruínas, essas metáforas da nossa própria existência fragmentada, provocam uma inquietação que vai além da leitura. É uma chamada à ação, uma oportunidade de se confrontar com suas próprias feridas e, quem sabe, encontrar nelas a força para reconstruir-se.
Ainda Habito em Ruínas é, portanto, um convite não apenas para acompanhar a jornada de seus personagens, mas para se permitir sentir, refletir e, por que não, curar. A obra não é apenas uma coletânea de palavras; é uma experiência visceral que toca fundo na alma. O que você faria se pudesse ressignificar suas próprias ruínas?
Ao folhear essas páginas, prepare-se para se deparar com a sua própria vulnerabilidade. A escolha de habitar no espaço dessas ruínas é sua. Venha e descubra o que é realmente possível renascer do caos.
📖 Ainda Habito em Ruínas
✍ by Gabrielli Casseta
🧾 95 páginas
2021
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