Aliança (neo) desenvolvimentista e decadência ideológica no campo
Movimentos sociais e reforma agrária do consenso
Arlete Ramos dos Santos
RESENHA

Aliança (neo) desenvolvimentista e decadência ideológica no campo: movimentos sociais e reforma agrária do consenso é uma obra que se ergue como um grito pulsante na confluência de ideais, lutas e dilemas que marcam a contemporaneidade agrária no Brasil. Arlete Ramos dos Santos nos convida a mergulhar em um mundo onde a terra, símbolo de sustento e vida, torna-se o epicentro de um embate ideológico fervoroso, misturando passado e futuro, utopia e desilusão.
A proposta do livro é mais do que uma simples análise da realidade rural; é um convite à reflexão sobre as estruturas de poder que moldam a vida no campo. A autora explora a intricada tapeçaria que une movimentos sociais e a reforma agrária, revelando como a "aliança desenvolvimentista" se torna não apenas uma estratégia econômica, mas um fio condutor de uma narrativa que se define e redefine a cada nova onda de protesto. A decadência ideológica que permeia esse cenário nos força a confrontar as feridas abertas do passado: a luta por terras, a busca por igualdade e a incessante batalha contra a marginalização.
Os leitores podem sentir a adrenalina nas páginas à medida que Santos narra a intensidade das mobilizações sociais. Cada movimento, cada ato de resistência é descrito com uma minúcia que faz o coração acelerar e a mente reflexionar: quem realmente se beneficia dessa aliança? Quais são as vozes que ecoam e quais são silenciadas? Como as promessas de reforma agrária se transformam em promessas quebradas ao longo das décadas?
As críticas a esta obra não tardam a surgir. Alguns leitores a acusam de ser excessivamente acadêmica, afastando-se da vivência real das comunidades rurais. Outros, por outro lado, exaltam o brilho da pesquisa e a riqueza de detalhes históricos que tornam o livro não apenas uma leitura obrigatória, mas um verdadeiro manifesto da luta do campo brasileiro. A controvérsia em torno de sua abordagem acadêmica versus a vivência prática coloca em evidência um dos maiores dilemas da literatura contemporânea: a necessidade de juntar teoria e prática em uma narrativa coesa e impactante.
A influência deste trabalho já pode ser vista em diversas esferas. Pesquisadores citam Santos como um pilar em discussões sobre a reforma agrária, enquanto ativistas se inspiram em sua análise para impulsionar movimentos sociais. As ideias ali contidas reverberam, provocando mudanças nas mentalidades sobre o que significa lutar pela terra e assim, pela dignidade.
A emoção se intensifica quando percebemos que a busca por justiça agrária não é apenas uma questão técnica; é uma luta pela identidade, pela memória coletiva das comunidades que clamam por reconhecimento e direitos. Santos transforma o papel da pesquisa acadêmica em um ato de resistência, um chamado urgente à ação em um mundo que ainda se defronta com as velhas e implacáveis estruturas de poder.
Por isso, não se deixe enganar. Esta obra é uma viagem intensa e necessária através de um Brasil que se transforma, onde cada página vibra com a paixão e determinação de um povo que se recusa a ser esquecido. Ao ler Aliança (neo) desenvolvimentista e decadência ideológica no campo, você não está apenas em contato com um estudo; você está dentro de uma luta, ao lado daqueles que não abrem mão de sua voz e de sua terra. Prepare-se para uma revolução na maneira como você percebe a ruralidade e as suas lutas. 🌾✊️
📖 Aliança (neo) desenvolvimentista e decadência ideológica no campo: movimentos sociais e reforma agrária do consenso
✍ by Arlete Ramos dos Santos
🧾 210 páginas
2020
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