Aninhá Vaguretê
Corpo e simbologia no ritual do torém dos índios Tremembé
Arliene Stephanie Menezes Pereira
RESENHA

Aninhá Vaguretê: corpo e simbologia no ritual do torém dos índios Tremembé não é apenas uma leitura, é uma experiência profunda que te arrasta para o coração pulsante da cultura indígena. Arliene Stephanie Menezes Pereira, com sua prosa envolvente e pesquisa meticulosa, convida você a mergulhar em um universo quase esquecido, onde o corpo e seus rituais não são meras ferramentas, mas sim os pilares de uma cosmovisão rica e vibrante.
A obra nos apresenta o ritual do torém, uma prática fundamental dos índios Tremembé, que expressa a conexão indissolúvel entre o ser humano e a natureza. Ao descrever as nuances desse ritual, a autora não só resgata tradições ancestrais como também nos obriga a questionar o lugar que ocupamos na sociedade contemporânea. O corpo, aqui, é muito mais que uma mera embalagem; ele é a manifestação de identidades, memórias e, principalmente, resistência. Uma resistência que ecoa ao longo da história, reverberando pelos séculos em que o povo Tremembé enfrentou desafios imensos para preservar suas práticas culturais.
Os comentários dos leitores são um termômetro para essa emocionante narrativa. Muitos falam sobre a forma como o livro provoca reflexões sobre a identidade e a espiritualidade, levando o leitor a resgatar sua própria essência amidst a correria do cotidiano. Outros mais críticos apontam que a densidade acadêmica em alguns trechos pode dificultar a fluidez da leitura, mas isso não apaga o brilho singular dessa obra.
Pereira nos ensina, portanto, que o ritual é, em essência, uma ferramenta de cura e autoconhecimento, um espaço sagrado onde a dor e a alegria se entrelaçam. As descrições são tão vívidas que é quase possível sentir os sons, os cheiros e as cores que permeiam essas tradições. Você, leitor, sente-se não apenas como um observador, mas como um participante ativo. É um convite irrecusável para refletir sobre a importância da memória coletiva em tempos de tanta individualidade.
O contexto em que Aninhá Vaguretê foi escrito também não pode ser ignorado. Em uma sociedade que muitas vezes marginaliza as vozes indígenas, esta obra se torna um grito de esperança e um chamamento à consciência. A luta dos Tremembé por reconhecimento e respeito é destacada, revelando que não se trata apenas de rituais, mas de uma luta contínua por dignidade e direitos.
Em resumo, essa obra é uma ode ao corpo, à ancestralidade e à luta pela preservação cultural. Aninhá Vaguretê é uma leitura que vai muito além de um simples livro; é uma porta de entrada para um mundo que precisa ser explorado e celebrado. Você não pode deixar de conhecer essa narrativa poderosa e transformadora que, com certeza, irá reverberar dentro de você muito depois de a última página ser virada. 🌍✨️
📖 Aninhá Vaguretê: corpo e simbologia no ritual do torém dos índios Tremembé
✍ by Arliene Stephanie Menezes Pereira
🧾 171 páginas
2020
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