As Coisas de que Não me Lembro, sou
Jacques Fux
RESENHA

As Coisas de que Não me Lembro, sou não é apenas uma obra literária; é um convite para mergulhar nas profundezas da memória e da identidade. Jacques Fux, com seu talento excepcional, nos apresenta uma reflexão poderosa sobre o que significa realmente conhecer a si mesmo e como as memórias moldam nossa existência. Este livro é como um labirinto de sensações, onde cada esquina revelará algo sobre você e suas próprias lembranças.
Fux, que já se mostrou um mestre em explorar a complexidade da mente humana, utiliza nesta obra uma linguagem poética e, ao mesmo tempo, incisiva. Através de suas palavras, você poderá sentir a fragilidade das lembranças, entender como elas são, muitas vezes, distorcidas ou esquecidas. A cada página, somos levados a questionar: o que realmente sabemos sobre nós mesmos? Será que definições de identidade se encontram em pontos fixos do tempo, ou flutuam como memórias efêmeras em nossa consciência?
Os leitores têm se mostrado impactados por essa jornada emocional. Muitos relatam que a leitura provoca uma introspecção profunda, uma necessidade de revisitar suas próprias experiências e a maneira como elas influenciam suas vidas. Comentários variam entre a admiração pela prosa lírica, até visões mais críticas, apontando a complexidade excessiva de algumas passagens. Contudo, é justamente essa tensão entre beleza e confusão que torna a obra tão singular.
Ao explorar a obra, você se deparará com fragmentos que parecem dialogar diretamente com sua própria história. São memórias de infância, saudades, experiências que nos moldaram e que, muitas vezes, podem ser apenas sombras em nossa mente. Fux tece essas narrativas com maestria, forçando você a encarar o que foi esquecido, o que está enterrado, mas nunca completamente ausente. É uma experiência quase visceral. Não raro, é possível sentir a pele arrepiar ao ler certas passagens - uma verdadeira odisséia emocional!
E onde Fux busca inspiração? Ele é resultado do seu tempo, do caos e das dúvidas que nos cercam na modernidade. Essa obra não surge no vácuo; ela reflete angústias contemporâneas, o desassossego de uma sociedade que valoriza memórias digitais e, ao mesmo tempo, teme a perda do que é genuinamente humano. O autor nos força a pensar no impacto da tecnologia, da superficialidade das interações e do que estamos perdendo no processo. É radical e necessário.
Ao terminar a leitura de As Coisas de que Não me Lembro, sou, você não poderá evitar a sensação de que, de alguma forma, partes de sua própria memória foram desenterradas. Verá suas experiências com novos olhos, lembranças que pareciam esquecidas ganharão vida, e você, leitor, será compelido a confrontar as verdades desconfortáveis que habitam a sua própria história.
Fux não oferece respostas fáceis, mas provoca e instiga - e essa é a verdadeira essência da literatura que vale a pena ser vivida. Se permitir é um passo corajoso, e essa obra é um convite irresistível. Venha, desafie a memória e redescubra suas histórias com a intensidade que só Fux sabe provocar. 🌌
📖 As Coisas de que Não me Lembro, sou
✍ by Jacques Fux
🧾 56 páginas
2022
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