Ator e estranhamento
Brecht e Stanislavski, segundo Kusnet
Eraldo Pêra Rizzo
RESENHA

A arte do teatro não é apenas um espetáculo; é uma batalha constante entre emoção e razão, entre a vida e a ilusão. Ator e estranhamento: Brecht e Stanislavski, segundo Kusnet, de Eraldo Pêra Rizzo, mergulha fundo nesse abismo fascinante, desafiando cada espectador a reconsiderar o que significa ser um ator em um mundo que clama por autenticidade e crítica social. A obra se transforma em um poderoso manifesto para todos que ousam pisar no palco, encorajando-os a quebrar a quarta parede não apenas do teatro, mas de suas próprias vidas.
Rizzo examina as técnicas de dois titãs do teatro: Bertolt Brecht, com seu distanciamento crítico e foco na alienação, e Konstantin Stanislavski, defensor da emoção genuína e conexão com o público. Ao longo das páginas, o autor não apenas nos apresenta conceitos fundamentais, mas também convoca cada um de nós a lutar contra a conformidade que nos espreita em cada esquina. É uma provocação que ecoa, como um grito retumbante no silêncio do cotidiano.
Os leitores não hesitam em se manifestar sobre a profundidade e a relevância dessa obra. Os comentários flutuam entre a admiração pela clareza analítica de Rizzo e a percepção de que o teatro, mais do que um entretenimento, é um campo de batalha ideológico. Existe uma certa controvérsia nas avaliações: muitos exaltam a forma como a narrativa une teoria e prática, enquanto alguns críticos apontam que, em certos momentos, a obra pode parecer densa para os iniciantes no tema. Contudo, o consenso parece ser claro: não se trata apenas de uma leitura; é um convite à reflexão.
O autor está imbuído de um amor profundo pela arte cênica, algo que transparece em cada página. A forma como ele articula a influência de Brecht e Stanislavski sobre a prática teatral moderna faz vibrar o coração dos mais apaixonados. E por que isso importa? Porque em tempos em que discursos opinativos podem sufocar a criatividade, essa obra surge como um farol, orientando atores e diretores a navegar as águas turbulentas entre a crítica e a empatia.
Rizzo não tem medo de abordar a questão do "estranhamento", uma ferramenta essencial no arsenal brechtiano, que serve para desmantelar as expectativas do público e promover uma nova conscientização social. Nessa batalha, o ator se torna não apenas um intérprete, mas também um agente de mudança, um desafiador da ordem estabelecida. O que você está disposto a fazer para provocar essa mudança? O autor instiga essa reflexão!
Ler Ator e estranhamento é como abrir uma janela para um mundo onde cada palavra, cada gesto e cada silêncio têm o poder de transformar vidas. Se você persiste em viver na superficialidade do entretenimento convencional, cuidado: Rizzo está aqui para te puxar para uma nova realidade, uma em que o espectador não é mero observador, mas um participante ativo de uma narrativa coletiva.
Cooptando as ideias de Rizzo, suas emoções vão balançar como um fio de marionete, ora silly, ora reverberando como trovão em sua consciência. O espetáculo já começou. Você vai assistir ou vai subir ao palco? 🎭
📖 Ator e estranhamento: Brecht e Stanislavski, segundo Kusnet
✍ by Eraldo Pêra Rizzo
🧾 144 páginas
2018
E você? O que acha deste livro? Comente!
#ator #estranhamento #brecht #stanislavski #segundo #kusnet #eraldo #pera #rizzo #EraldoPeraRizzo