Azuis Ultramarinos
Propaganda Colonial e Censura no Cinema do Estado Novo
Maria do Carmo Piçarra
RESENHA

Azuis Ultramarinos: Propaganda Colonial e Censura no Cinema do Estado Novo não é apenas uma leitura; é um convite à reflexão profunda sobre um dos períodos mais obscuros da história brasileira. A obra de Maria do Carmo Piçarra mergulha nas fissuras da propaganda colonial e na censura que permeou o cinema durante o Estado Novo, um tema que ressoa até os dias de hoje. Ao abrir as páginas deste fascinante livro, o leitor é transportado a um universo onde as imagens não apenas contam histórias, mas também manipulam percepções, moldam identidades e escondem verdades.
Através de uma narrativa apaixonante e articulada, Piçarra revela como a sétima arte foi utilizada como ferramenta de poder, buscando legitimar um regime opressor e manter a ilusão de um Brasil unido, forte e progressista, enquanto a realidade era bem diferente. Os "azuis ultramarinos" de suas análises trazem à tona a dualidade entre a beleza estética do cinema e sua função como um veículo de propaganda ideológica. Você sente a tensão entre a arte e a manipulação, como um fio tênue que pode se romper a qualquer momento.
Os leitores que se aventuraram por essa obra expressam opiniões diversas e intensas: enquanto alguns exaltam a coragem de Piçarra em trazer à luz temas tão polêmicos, outros criticam a densidade teórica que a autora emprega em alguns trechos. Contudo, não há como negar que cada página está repleta de insights poderosos, que te forçam a repensar não apenas a história do Brasil, mas também a nossa relação com a mídia contemporânea. Azuis Ultramarinos é um grito contra a ignorância, um chamado à ação para que não sejamos meros espectadores da manipulação.
O contexto histórico em que a obra foi escrita reflete a servidão do cinema a um histórico de censura e controle social, fazendo você sentir na pele as angústias de uma época em que a liberdade de expressão estava em xeque. A autora, ao desvendar essas camadas, provoca uma reflexão inquietante: até que ponto somos moldados por aquilo que consumimos? Você não poderá ignorar a urgência dessa questão.
Como uma verdadeira montanha-russa emocional, a leitura de Azuis Ultramarinos te leva a questionar o passado e vislumbrar o futuro. A obra é um antídoto contra a complacência e uma verdadeira ode ao poder transformador da informação. Ao final, você não apenas termina o livro; você é transformado por ele, sentindo-se compelido a discutir, a questionar e a buscar a verdade em um mundo saturado de imagens e narrativas manipuladas. É hora de abrir os olhos e encarar as realidades que muitas vezes preferimos ignorar.
📖 Azuis Ultramarinos: Propaganda Colonial e Censura no Cinema do Estado Novo
✍ by Maria do Carmo Piçarra
🧾 360 páginas
2015
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