Resumo de Joana d'Arc - Julgamentos e a Relação entre Estado e Igreja na Idade Média Tardia, de Eduardo Seino Wiviurka
Explore a fascinante história de Joana d'Arc, suas batalhas e os julgamentos que a tornaram um símbolo de bravura e resistência na Idade Média.
sábado, 16 de novembro de 2024
Ah, Joana d'Arc! A heroína francesa que teve a infeliz tarefa de tentar salvar sua pátria e acabou sendo um verdadeiro prato cheio para a história. Neste minibook que parece mais uma chamada de emergência para um estudo sobre a Idade Média, Eduardo Seino Wiviurka nos presenteia com uma análise de como a Igreja e o Estado se relacionavam enquanto Joana era queimada no fogo da política e da fé.
A obra inicia-se com um olhar sobre a contextualização histórica. Para entender o que levou uma jovem camponesa a, do nada, se tornar a líder de tropas na guerra da França contra a Inglaterra, precisamos mergulhar na era em que a nobreza coçava a cabeça e a Igreja decidia que tinha um papel central em tudo. Atingimos, então, a espinhosa relação entre Estado e Igreja, onde os padres e os senhores feudais jogavam xadrez, e Joana era apenas uma peça que se rebelou, mas não soube que, no final, o xeque-mate seria dela mesma.
Ao longo do livro, Wiviurka narra os julgamentos que Joana enfrentou. Spoiler: não acaba nada bem para ela. Os tribunais eclesiásticos a acusam de heresia, uma acusação sempre muito popular quando alguém desafia a ordem estabelecida. A jovem, no auge de seus 19 anos, tinha a audácia de ouvir vozes (e não eram os ventos da primavera!). Para os líderes religiosos, isso equivalia a ser uma espécie de popstar demoníaca. Se ao menos eles soubessem que tudo o que Joana queria era ajudar seu país. Mas, claro, esse tipo de atitude nunca é bem-visto por quem está sentado nos tronos.
O autor se delicia em descrever os metódos de tortura e inquisição. Sim, você leu certo. Na Idade Média, o adjetivo "confortável" não existia. As autoridades queriam uma confissão a qualquer custo, e Joana, coitada, se viu presa em uma peça teatral onde os personagens principais, a Igreja e o Estado, estavam mais preocupados em brigar entre si do que em fazer justiça. Sim, justiça! Essa palavra quase desapareceu do vocabulário naquela época.
Wiviurka também aborda como a imagem de Joana d'Arc foi moldada tanto por suas ações heroicas quanto pelos desdém e acusações que sofreu. Para os ingleses, ela era uma bruxa; para os franceses, uma santa. Uma verdadeira diva da polarização! Depois de sua morte, seu legado cresceu e, olha só, o que era uma simples jovem camponesa virou símbolo de bravura e resistência. Mas, como o autor bem nota, essa transformação não aconteceu sem suas reviravoltas.
Em suma, Joana d'Arc - Julgamentos e a Relação entre Estado e Igreja na Idade Média Tardia é um mergulho fascinante e crítico na história. O livro nos faz pensar e rir (porque se não rirmos, choramos) de como a ousadia pode ser vista como uma virtude ou um crime, dependendo de quem a julga. Então, para aqueles que desejam entender melhor como uma jovem em armadura se tornou uma marca indelével na história, aqui está sua chance. E lembre-se: nunca ouça vozes sem um bom plano de fuga!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.