Resumo de O Último Cavaleiro Andante, de Will Eisner
Mergulhe na divertida e reflexiva jornada de O Último Cavaleiro Andante, de Will Eisner, onde a bravura vai além do combate.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já se perguntou como seria a vida de um cavaleiro andante, O Último Cavaleiro Andante, de Will Eisner, pode lhe dar algumas ideias. E spoiler: não é nada glamouroso como nos contos de fadas! Prepare-se para uma saga que é mais sobre a realidade do que sobre a glória e o heroísmo quando o nosso protagonista, um cavaleiro de tempos antigos, é obrigado a encarar a vida moderna, dessa forma tão comum que dá pra sentir o coração despedaçado.
A história nos apresenta um cavaleiro que parecia ter saído diretamente das páginas de um livro de aventuras, mas que, ao invés de lutar contra dragões e salvar princesas, agora se vê perdido em um mundo que não faz sentido pra ele. O mundo moderno é implacável! Aqui, as pessoas não sabem quem é Lancelot, mas com certeza vão saber onde encontrar um bom café expresso. E adivinha? O nosso herói não entende nada de máquina de café! Pois é, a primeira lição triste sobre a realidade que não foi escrita nos romances épicos é que o avanço tecnológico não pede desculpas.
Aos poucos, o cavaleiro começa a perceber que a armadura que tanto o protegia na sua antiga vida agora é um fardo pesado. Afinal, como sobreviver a um mundo onde a luta é, na verdade, uma competição de quem tira a foto mais bonita pro Instagram? Eisner nos brinda com um retrato irônico e cômico dessa transição. Entre conflitos internos e algumas aventuras absurdas, o cavaleiro vai tentando entender o que significa ser um herói em tempos de Netflix e Wi-Fi.
A busca do cavaleiro por um propósito vai além das lutas físicas, levando-o a confrontar a própria ideia de heroísmo. E aqui, meu caro leitor, eis um spoiler leve: ele descobre que a verdadeira bravura pode estar em pequenas ações do cotidiano, como ajudar um vizinho ou apenas rir das próprias desventuras. Se o seu épico não envolve salvar a galáxia, tudo bem! Às vezes, a vida é só sobre atravessar a rua sem ser atropelado por uma bicicleta elétrica.
A narrativa é acompanhada pela clássica arte de Will Eisner, que traz uma estética única e envolvente, dando vida aos sentimentos confusos e cacofônicos do protagonista. Cada quadrinho parece contar uma história à parte, repleta de emoção. E mesmo sendo uma história curta - essa obra prima consiste em apenas 32 páginas - a profundidade reflexiva e o humor que permeiam a narrativa nos fazem esquecer que estamos diante de uma graphic novel.
Entre conversas filosóficas com inusitados personagens e a luta do cavaleiro para encontrar seu lugar em um mundo que mudou enquanto ele estava longe, O Último Cavaleiro Andante é uma verdadeira homenagem aos desajustados. Afinal, quem nunca se sentiu como um peixe fora d'água em um baile de gala?
E assim, você já sabe, depois de ler esta obra você terá mais uma história para entregar em rodinhas de conversa. A moral da história? O que vale ser um cavaleiro andante na era moderna pode não ser a bravura em combate, mas a coragem de se adaptar e, se necessário, usar a armadura para segurar os pertences no metrô!
Repleto de humor e reflexões sobre a vida, o único erro ao ler essa obra seria não rir das suas próprias desventuras. Prepare-se para uma jornada de risadas e reflexões que carregam a assinatura inconfundível de Will Eisner!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.