Resumo de O Leopardo, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa
Mergulhe na decadência da nobreza com 'O Leopardo' de Lampedusa. Uma reflexão sarcástica sobre mudanças sociais e o dilema do príncipe Fabrizio.
domingo, 17 de novembro de 2024
Você já se perguntou como seria ser um nobre em meio a uma revolução, olhando os amigos de longas datas serem trocados por um novo grupo que acha que "mudar é preciso"? Pois bem, O Leopardo, do autor Giuseppe Tomasi di Lampedusa, é exatamente esse tipo de experiência. O romance traz a história do príncipe Fabrizio Salina, um leopardo em decadência que, em um momento de crise - chamado de Risorgimento - observa, em sua rica casa, a transformação política e social da Sicília no século XIX. E, sinceramente, ele não está muito a fim de mudar. É o típico "tô nem aí" dos nobres.
A trama se desenrola em torno das reflexões e dilemas do príncipe, que tenta entender seu lugar em um mundo que está mudando mais rápido do que um influencer trocando de look. Enquanto isso, ele se preocupa com a juventude que chega (ah, esses jovens e suas ideias progressistas!) e com as consequências que isso traz para sua família e seu status social. O príncipe está sempre entre o querer e o não querer, como alguém que hipoteca a casa porque resolveu comprar um carro novo, só que aqui a casa é a sua linhagem.
A história é repleta de flashbacks nostálgicos, onde o príncipe lembra de dias mais gloriosos. Lembranças que, convenhamos, são um clássico de "antigamente era melhor". E tem a tão esperada figura do médico, Don Fabrizio, que se vê cuidando de um país em ebulição e de um coração em debandada. O príncipe logo percebe que as mudanças não param e que ele tem que correr para ver as novas gerações tomarem conta da situação.
Spoiler a seguir, atenção: a coisa esquentou quando o príncipe decide casar sua filha, a bela Angelica, com o ambicioso Tancredi, um jovem que representa a nova ordem que vem para chacoalhar a vida do velho nobre. A questão é que Tancredi e Angelica são como um brunch: uma combinação improvável das mais inusitadas, mas que acaba dando muito trabalho para o príncipe, que, no fundo, só queria o seu chá das cinco em paz.
Conforme a narrativa avança, Lampedusa tece críticas sociopolíticas de forma sutil, enquanto expõe o desprezo do príncipe por esse novo mundo. Sério, o leopardo tá mais perdido que cego em tiroteio! Em seu último ato, o príncipe declara que, se não há mais lugar para ele no mundo, que venha a morte com toda a sua pompa e circunstância. O que ninguém esperava é que suas reflexões e a batalha interna seriam a antítese do mero ato de sentar e esperar o inevitable.
O desfecho, que deixa muitos ding-dongs com o queixo no chão, mostra que, não importa quão majestoso você seja, a vida tem suas reviravoltas e, às vezes, tudo o que você pode fazer é assinar a ficha e esperar sua vez em um mundo que passa a correr em outra direção. É, e esse príncipe viveu um ciclo vicioso de elegância e decadência como aqueles tios que não percebem que a ama nunca mais vai voltar para eles.
Em suma, O Leopardo é uma leitura que mistura um olhar sardônico sobre a história com a elegância do velho mundo, que ainda tenta se sustentar em pé enquanto novas ideias pipocam por aí. E, ah, não se esqueça: no fondo, temos todos um leopardo em nós, tentando encontrar nosso espaço em meio a tantas mudanças.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.