Resumo de O Fazedor, de Jorge Luis Borges
Mergulhe na complexidade de 'O Fazedor' de Borges, uma coletânea que explora criação, tempo e a essência do autor. Uma reflexão imperdível!
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que só existia "fazer" e "ser feito", Jorge Luis Borges está aqui para te lembrar que há muito mais entre o céu e a terra do que pode sonhar sua filosofia de boteco. O Fazedor, uma coletânea de contos e poemas, aprofunda-se em reflexões sobre a criação, o tempo e, claro, o que é ser um autor que se atreve a brincar com as palavras. Isso mesmo, Borges é o mestre das surpresas, e quem sou eu para lhes contar suas artimanhas sem dar alguns spoilers?
O livro se divide em várias partes que flertam com a ideia de que fazer é um verbo ambíguo. Borges, em sua sagacidade, nos apresenta histórias que exploram a construção de mundos, a arte de narrar e a solidão do criador. Em um dos contos, ele fala sobre um autor que cria um universo inteiro, mas quando tenta entrar nessa criação, descobre que foi ele mesmo quem fez a porta... e a travou!
Se você se sentiu perdido, não se preocupe, você não é o único. É como tentar entender um poema de Carlos Drummond sem ter lido nada antes: pode ser um passeio pelo parque ou um labirinto sem saída. Em sua prosa, Borges não se compromete em ser linear. coisas como "O Fazedor de Tzinacra", onde o protagonista é um poeta que reflete sobre sua própria mortalidade e a efemeridade da criação. Aqui, ele nos lembra que tudo é passageiro - inclusive as fileiras de alunos que já se foram.
Além disso, não podemos esquecer de "O Homenagem", que é uma verdadeira ode ao próprio ato de escrever - ou, como ele mesmo descreve, uma jornada ao "façamos". Borges envolve o leitor em sua teia de palavras, fazendo com que se questione sobre os significados ocultos, como se cada frase tivesse mais camadas do que a cebola da sua avó.
Outra joia do livro é "O Livro de Areia", onde o autor se depara com um livro infinito. Alguma semelhança com a biblioteca da sua internet? Essa ideia de que sempre há mais a ser lido e descoberto é uma das grandes provas de que Borges sabia que a literatura era tanto um universo quanto um labirinto - um verdadeiro quebra-cabeça de infinitas possibilidades.
E se você, caro leitor, estava esperando por algum clímax dramático ou um final feliz, peço que tenha calma! Essa não é a pegada de Borges. Ele está mais para nos deixar no ar com suas questões, uma brisa suave que aparece e desaparece, nos fazendo pensar por horas só para, no final, nos dar um tapa amigável e dizer que a resposta era você mesmo.
Spoiler Alert: Não espere por uma conclusão redentora, mas por um convite à contemplação. E se você não entendeu tudo isso, não se preocupe, porque O Fazedor é assim mesmo: uma colcha de retalhos bordada com os questionamentos e inquietações sobre a vida e a literatura.
Assim, se você estava achando que O Fazedor era apenas um livro, agora já sabe: ele é um verdadeiro convite para embarcar em uma viagem que misturará riso, reflexão e, quem sabe, até um pouco de confusão. E olha, se algum amigo perguntar se você leu, você já pode responder que sim, com um sorrisinho de quem sabe que a resposta nunca é simples.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.