Resumo de Pasenow ou o romantismo, de Hermann Broch

Aprofunde-se na busca de Pasenow por sentido em 'Pasenow ou o romantismo', de Hermann Broch. Reflexões profundas em um cenário caótico.

Se você acha que a vida de um jovem em busca de um sentido na existência é um tédio absoluto, prepare-se para Pasenow ou o romantismo, do grande Hermann Broch. Neste primeiro volume da trilogia Os Sonâmbulos, somos apresentados a um jovem chamado Heinrich von Pasenow, que vive em uma sociedade em transformação e está dividido entre a razão e a emoção, o que, convenhamos, é uma baita dor de cabeça.

Pasenow é um promissor romântico (pode-se imaginar as camadas de frustração de um idealista nos tempos modernos) que passa seus dias passeando por momentos de introspecção e devaneios sobre a vida, enquanto observa os dramas de sua época. O cenário? Uma mistura de beleza e caos que só a Europa do início do século XX pode proporcionar. Este é um período onde os sonâmbulos estão acordados, mas não têm a menor ideia do que está acontecendo ao seu redor - e não, não estamos falando de insônia criativa, mas de uma sedutora indolência.

A primeira parte do livro investe bastante na relação do protagonista com sua amada, a bela e fria Ria, um verdadeiro símbolo de beleza idealizada que, surpreendentemente, não parece muito interessada em sua devoção. Aqui, Broch já nos entrega uma pitada de tragédia romântica em forma de questionamentos e frustrações. Pasenow se vê em um dilema: ele se entrega ao amor platônico ou se junta à vida prática e à razão? Eita, dilema de dar nó na cabeça!

Outra figura recorrente na narrativa é o amigo de Pasenow, o caricaturesco e levemente cômico Zober, que é quase o oposto do protagonista. Enquanto Pasenow se perde em seus pensamentos, Zober se revela um jovem pragmático, sempre com os pés no chão e a língua afiada. Eles discutem, refletindo sobre a condição humana e o sentido da vida, como se fizessem parte de uma peça de teatro existencial mal ensaiada.

À medida que a narrativa avança, as tensões aumentam e o romantismo se mostra uma armadilha, onde o ideal de amor é corroído pela realidade. Spoiler alert: o romance se transforma em um grande balde de água fria, onde os sonhos e as expectativas de Pasenow desmoronam. Ele começa a perceber que, talvez, o mundo não se encaixe nos seus devaneios românticos. Spoiler não tão spoiler, porque quem nunca passou por isso?

O que Broch faz aqui é, na verdade, uma crítica à sociedade da época, refletindo questões universais sobre a alienação e a busca por significado em um mundo que avança sem freios. Portanto, "Pasenow ou o romantismo" não é só um romance, mas uma espécie de manifesto sobre o romântico em tempos modernos, e como o romantismo pode se tornar um caminho cheio de pedras e buracos, caso você não esteja preparado.

Se você achou que seu dilema existencial era grande, é hora de passar a coroa para Pasenow, que se debate entre ser um sonâmbulo ou acordar para a dura realidade. Trilha sonora da sua leitura: uma mistura de Beethoven com algum grunhido existencial. 🎶

Em resumo: prepare-se para uma reflexão densa, uma prosa rica e camadas de romantismo que tornam a vida do protagonista um verdadeiro labirinto de emoções - e o melhor, com toques de ironia que fazem você pensar: "será que eu estou sonhando, ou só estou acordado demais?"

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.