Resumo de O Mal Nosso de Cada Dia, de Donald Ray Pollock

Aprofunde-se na escuridão de 'O Mal Nosso de Cada Dia', onde a realidade e o horror se entrelaçam em uma narrativa perturbadora e reflexiva.

Se você acredita que a vida é um mar de rosas, é melhor dar uma lida em O Mal Nosso de Cada Dia, do Donald Ray Pollock. Neste livro, o autor nos apresenta um desfile de personagens tão instigantes quanto perturbadores, transitando por uma Ohio rural que mais parece um circo de horrores. E quem precisa de ficção científica quando você pode ter drama, terror e, claro, uma boa dose de realismo? A história se desenrola como uma montanha-russa de eventos sombrios que fazem você se perguntar se deveria mesmo ter feito esse lanche antes de começar a leitura. Spoiler: você vai se questionar sobre a humanidade.

Tudo começa com uma família que parece ter saído diretamente de um pesadelo. Temos o jovem Willard, que se transforma em um devoto a ponto de querer sacrificar sua vida (e de outros) por uma fé que mais se assemelha a uma seita. É aquele tipo de fervor que faz você achar que alguém precisa urgentemente de um hobby ou, pelo menos, um bom terapeuta. A história dá uma guinada quando ele se torna um "''médico''" da dor alheia, tentando redimir os pecados alheios com suas convicções religiosas. Ah, a ironia!

Do outro lado, encontramos Arvin, que carrega o peso de todo o drama familiar nas costas, enquanto precisa lidar com um passado repleto de tragédias e um presente tão sombrio quanto uma noite sem estrelas. Entre os dois, há um entrelaçamento de vidas que mais parece uma teia de aranha, onde cada movimento pode provocar um deslizamento mortal. Não se preocupe, nada de spoilers aqui, exceto o fato de que o clima escuridão vai te deixar sem fôlego.

E não para por aí! Pollock nos apresenta uma galeria de personagens bizarros, como um casal que se acha o máximo por tirar fotos de suas vítimas e um sargento que mais parece um personagem saído de um filme de terror de quinta categoria. É quase como se o autor tivesse jogado todos os tropeços do horror numa panela e fervido até criar um ensopado tenebroso. O que você vai encontrar? Um retrato da decadência e da violência, onde a moralidade é tão escorregadia quanto sabão em uma gandaia.

O que torna O Mal Nosso de Cada Dia uma leitura essencial? Além da prosa afiada de Pollock, o livro é uma reflexão sobre o que está por trás do cotidiano e como o mal pode estar mais próximo do que imaginamos-seja em nossa vizinhança ou dentro de nós mesmos. Assim, ele provoca uma pergunta importante: onde está a linha entre a sanidade e a loucura em um mundo tão implacável?

Para finalizar, é preciso ressaltar que você deve se preparar para o desfecho da história, que vai desestabilizar qualquer ilusão de tranquilidade que ainda restar. O Mal Nosso de Cada Dia é uma investigação da natureza humana, entre o riso e o horror, e com certeza, vai fazer você pensar duas vezes antes de dar aquela espiadinha no lado sombrio da vida.

Aviso: não chegue perto deste livro esperando finais felizes, a menos que você defina finais felizes como "inúmeras reviravoltas e todos em sofrimento". Então, esteja preparado, coloque seu café (ou drink) a mão e abra a mente para um passeio por um dos muitos "males" que nos cercam no dia a dia.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.