Resumo de Crítica e clínica, de Gilles Deleuze
Aprofunde-se nas reflexões de Deleuze em 'Crítica e Clínica' e descubra como a arte e a crítica se entrelaçam de forma poética e filosófica.
domingo, 10 de novembro de 2024
Ah, Crítica e clínica! Um verdadeiro deleite para quem gosta de mergulhar no abismo da filosofia com um toque de psicologia e um bocado de poesia. Se você acha que vai encontrar um manual de autoajuda ou um guia de como ser um(a) bom(boa) crítico(a), pode tirar o cavalinho da chuva, porque este livro é mais um convite para reflexões densas, quase como um cafezinho às 23h: pode não fazer bem à saúde, mas é difícil resistir.
Em Crítica e clínica, Gilles Deleuze nos apresenta uma série de ensaios que discutem as relações entre a crítica de arte e a prática clínica, um casamento inusitado que poderia ser chamado de "Dra. Jekyll e Mr. Hyde", se esses dois personagens fizessem parte do mundo das ideias e da estética. Deleuze não está aqui para te dar respostas prontas. Não! Ele quer que você se questione, que bata a cabeça na parede (sem exageros, por favor) e que, no processo, se torne um crítico mais aguçado e um ser humano um pouco mais compreensivo.
O autor começa tirando um tempinho para discutir a figura do crítico. Basicamente, ele diz que a crítica não é só uma questão de avaliar o que está na tela ou nas páginas de um livro. É sobre encontrar e explorar o que está escondido nas interstícios da obra. Ou seja, se você estiver procurando por um parecer superficial, é melhor se contentar com o que os influenciadores sugerem nas redes sociais. Deleuze é mais profundo, digamos que é como mergulhar em um lago e encontrar um artesanal ainda que muito complexo.
Depois, temos a introdução da "clínica" como metáfora para uma visão filosófica e crítica que deve ser aplicada a qualquer tipo de análise cultural. O autor fala sobre como as experiências estéticas podem ter uma função terapêutica - uma sessão de psicanálise com arte, sem o divã e com um toque mais poético. Ele aponta que a crítica deve ser um espaço de criação, onde novas ideias podem surgir, como um pão quentinho saindo do forno.
E claro, sempre há referências e citações, porque Deleuze é um filósofo com uma biblioteca mental do tamanho da cabeça do próprio Albert Einstein. Prepare-se para ouvir sobre autores e pensadores como Foucault, Nietzsche e a turma toda que, em alguma medida, impactou o pensamento crítico e artístico.
Como é de praxe em Deleuze, a leitura não é um passeio no parque. Você pode se deparar com frases que parecem mais um quebra-cabeça do que uma declaração clara. Por isso, se você se perder na sua própria mente ao longo da leitura, saiba que você não é o único. Riscos e recompensas, gente!
Por fim, fica a reflexão: comente, critique, faça suas próprias análises - mas não se esqueça de trazer consigo a ciência que, como uma boa clínica, deve estar sempre a postos, pronta para ajudar sua mente a entender os vários mundos que a arte e a crítica podem oferecer.
E lembre-se: ao abrir este livro, você está prestes a entrar em um campo de ideias que pode não só provocar suas emoções, mas, também, desestabilizar sua maneira de ver a arte e a crítica. Spoiler: não espere sair o mesmo de cada leitura!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.