Resumo de Persas, de Ésquilo
A tragédia 'Persas' de Ésquilo traz à tona o preço da ambição e da guerra. Mergulhe na história de dor e reflexão dos persas após a Batalha de Salamina.
sábado, 16 de novembro de 2024
"Persas" é uma daquelas peças que pode te fazer pensar: "Ué, o que estou fazendo na sala de aula ao invés de estar na praia?" Mas não se engane, porque a tragédia do dramaturgo grego Ésquilo, escrita em 472 a.C., é tão impactante que até os deuses do Olimpo devem ter parado para ver o que estava acontecendo.
A trama se desenrola em um cenário pós-guerra, mais especificamente após a Batalha de Salamina. Para você que não se lembra muito bem de história, essa foi uma das maiores derrotas dos persas nas mãos dos gregos. E a história começa com uma multidão de persas, que está fina de tristeza, angustiada com a derrota de seu exército. Eles estão lá, morrendo de preocupação e, por que não, tomando um chá de camomila para relaxar um pouco. Enquanto isso, a rainha Atossa, que parece estar na primeira fila dessa sessão de desespero, decide que é hora de escutar o que está rolando com seu filho, Xerxes, que deve estar lá tentando descobrir como consertar a bagunça.
Atossa invoca uma série de fantasmas (sim, porque chamar os mortos é sempre uma boa ideia) e começa a se lamentar sobre a perda de grandes guerreiros. Ela está naquela fase de "mãe preocupada" e se pergunta se o seu filho Xerxes ainda está vivo e, caso contrário, como será a colônia de férias da sua alma.
Em meio a todo esse pranto, o mensageiro persa aparece para dar as más notícias. E, vamos ser sinceros, ele não tem nada de bom para contar. O que esse pobre coitado consegue colocar na mesa é um verdadeiro festival de infortúnios e derrotas. E se você achou que as coisas poderiam melhorar, pense novamente. O drama cresce até que Xerxes aparece, todo cheio de lisonjas de rei caído, bem no estilo "minha gente, o que eu fiz?".
Um dos pontos altos da peça é a revelação do verdadeiro custo da ambição e da luta pelo poder. A partir de um certo momento, fica claro que a vaidade e a arrogância levaram não apenas os persas, mas também outras civilizações a um colapso. Atossa, com seu jeitinho carregado de drama, se torna o símbolo da dor de uma mãe que perdeu tudo, e você fica pensando: "Que horror, estou aqui me lamentando por não ter conseguido achar o último biscoito na caixa".
Spoiler alert: no final das contas, o que fica é a reflexão sobre o preço da guerra e do orgulho. Os persas, que antes eram grandes, são agora um monte de pessoas chorando por suas perdas (dica: isso não é bom para o marketing). Por outro lado, os gregos estão lá, bem na frente da televisão assistindo a uma maratona de futebol e rindo à toa.
"Persas" é uma verdadeira aula sobre como a história se repete e como, no fundo, ninguém ganha em uma disputa de egos. Então, se você está afim de drama, tragédia e um bom punhado de lágrimas, essa peça é o seu ticket de entrada. E lembre-se: se a vida te der limões, faça uma limonada ou, pelo menos, um sorvete para enfrentar os persas, que o verão está logo ali!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.