Resumo de O Julgamento de Kissinger, de Christopher Hitchens
Explore a análise provocativa de Hitchens em 'O Julgamento de Kissinger' e descubra os dilemas éticos por trás das manobras políticas de um dos líderes mais controversos do mundo.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você pensou que Kissinger era apenas um sujeito de gravata e cabelo pompadour, você com certeza vai mudar de ideia depois de ler O Julgamento de Kissinger. Christopher Hitchens, conhecido por sua genialidade e também por seus dotes em provocação, não está aqui para fazer amizade com o ex-secretário de Estado dos EUA. Ele está, de fato, aqui para colocar esse grandioso estrategista na linha da berlinda, e não estamos falando de um tribunal de pequenos crimes.
O livro começa com um questionamento direto: será que Kissinger merece um julgamento? Hitchens mergulha no passado de Kissinger e expõe suas manobras políticas em todo o mundo, como um chefão de um jogo de xadrez em nível global, onde as peças são países inteiros e as estratégias são bem mais sombrias do que um episódio de Vigilante do Amanhã.
Logo no início, somos apresentados aos delírios de grandeza de Kissinger. Hitchens não poupa em tecer uma crítica rigorosa sobre o papel de Kissinger em conflitos, como a guerra do Vietnã e o golpe em Chile, onde a única coisa que parece ter sido mais decisiva que suas ordens foi a quantidade de café que ele deve ter consumido. Hitchens considera que essas intervenções foram crimes de guerra e os coloca em uma lista que faria qualquer promotor não dormir à noite.
Ele também não deixa de lado o conceito de realpolitik, que é basicamente um jeito elegante de dizer que "meus interesses vêm primeiro". Kissinger é descrito como alguém que não se importa muito com a moral, contanto que o resultado lhe favoreça, o que levanta a pergunta: e a ética, cadê? O autor faz de tudo para traçar um perfil do homem que, ao que parece, acha que pode passar impune de suas ações. Spoiler: ele não passa.
Com bastante ironia e um toque de sarcasmo, Hitchens revela não apenas a biografia do sujeito, mas também a rede de segredos e manipuladores que cercam Kissinger. Fica claro que, na visão de Hitchens, o ex-secretário de Estado deveria ser devidamente responsabilizado por suas ações. E se você estava pensando que Kissinger poderia ter uma saída glamourosa do tribunal, pense novamente. Hitchens não oferece descanso à sua figura, e a ideia de que ele seja um gênio político é demolida página após página.
Os desdobramentos culminam em um convite para a reflexão. O que significa realmente ser um líder? Seria estar sempre do lado do que é "certo" ou do lado do que é "necessário"? No fim das contas, se você estava na dúvida sobre como Hitchens se sente a respeito de Kissinger, a mensagem é clara: Kissinger, você não é um herói, e definitivamente não foi perdoado.
Se você está em busca de um tratamento profundo, polêmico e, por que não, um tanto malicioso sobre a política internacional e suas armadilhas, O Julgamento de Kissinger é o prato cheio. É um livro que não apenas expõe a figura do estadista, mas também provoca o leitor a questionar os conceitos de poder e moralidade. Em suma, Diga "não" à simpatia por Kissinger, porque Hitchens está aqui para abrir o seu olho e desmistificar a farsa.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.