Resumo de O Reformatório Nickel, de Colson Whitehead
Mergulhe na crítica social de O Reformatório Nickel, de Colson Whitehead, e descubra a profunda jornada de Elwood em busca de liberdade e justiça.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, O Reformatório Nickel, essa obra que conquistou o tão aclamado Prêmio Pulitzer de 2020! Sente-se, pegue uma xícara de café (ou um copo de algo mais forte, se preferir) e venha comigo nessa viagem pelos horrores e absurdos da "educação" nos Estados Unidos dos anos 60. E se você é sensível a spoilers, talvez seja bom dar uma pausa e voltar depois. Agora vamos lá!
A história gira em torno de Elwood Curtis, um jovem negro que, após ser criado por sua avó, vê na educação a sua salvação e sonha com um futuro melhor, quase utópico. Ele é o tipo de garoto que poderia tranquilamente fazer uma redação sobre "como eu passei as férias" e, ao invés disso, escolhe escrever sobre Martin Luther King Jr.. Elwood é tão determinado a se tornar um cidadão exemplar que decide se tornar um estudante do Reformatório Nickel, que, vamos ser sinceros, mais parece uma prisão do que uma escola.
Agora vem a parte em que a história começa a apertar o seu coração: o reformatório é um lugar que faz A Lista Negra parecer uma fita de vídeo do Disney Channel. Ele é regido por uma série de educadores com muito mais vocação para o terror do que para ensinar. Elwood logo descobre que a "educação" ali é mais sobre controle e violência do que sobre aprendizado. É como se o professor passasse a aula inteira ensinando a fórmula da opressão em vez de álgebra. Aliás, falando em opressão, é lá que você vai encontrar uma infinidade de histórias de outros meninos que passaram por allí, cada uma mais sombria que a outra.
Ser preso em um lugar que deveria reformar você, mas que na verdade te quebranta, é o que acontece com os colegas de Elwood, que são personagens tão cativantes que você vai se perguntar por que ainda não estão em algum filme de Hollywood. Além disso, a narrativa ainda traz flashbacks que mostram o passado de Elwood, revelando suas aspirações e os obstáculos que teve que enfrentar. Ou seja, é um caça-níqueis emocional a cada página.
No entanto, o que realmente brilha em O Reformatório Nickel são as camadas de racismo, injustiça e desigualdade que Whitehead profilera de maneira cirúrgica. O autor faz uma geleia de emoções, abordando como o sistema falha não apenas com Elwood, mas com todos os seus companheiros, que parecem eternamente presos em ciclo vicioso de violência e opressão. É claro que a crítica social tem um espaço de destaque, e você vai se ver refletindo sobre tudo isso enquanto ri - ou chora.
Mais à frente, você vai perceber que Elwood não é apenas um menino que quer ser bom; ele também começa a questionar o que realmente significa liberdade e luta. Como não poderia faltar em um bom romance, os conflitos se intensificam e culminam em momentos de tensão que, honestamente, fazem você se perguntar: "Por que eu fui tão ingênuo achando que ia ser leve?".
Bom, aqui vai a big reveal (spoiler alert!) que não quero que você perca: o final transforma toda a narrativa em um grande ciclo. Elwood e seus amigos tentam encontrar a liberdade de maneiras que desafiam as expectativas que a sociedade tem sobre eles, deixando a pergunta no ar: o que realmente é libertação?
Resumindo, O Reformatório Nickel é uma leitura que vai te deixar com a cabeça cheia de perguntas sobre justiça e aceitação, além de esgotar suas reservas emocionais, ao mesmo tempo que te faz rir em algumas partes absurdas da realidade. Ah, e não se esqueça: a educação pode ser um reformatório, mas nunca deixe de sonhar... só tenha cuidado com as paredes!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.