Resumo de A Sacerdotisa do Nilo, de Maria Gertrudes e J. W. Rochester (Espírito)
Mergulhe na intrigante vida da sacerdotisa do Nilo e descubra como espiritualidade e amor se entrelaçam na Antiguidade Egípcia.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você pensa que a Antiguidade Egípcia é coisa de museu e filme do Spielberg, é melhor se preparar para uma viagem no tempo com A Sacerdotisa do Nilo. Nesta obra que parece ter sido escrita de uma taverna egípcia, nos deparamos com uma mistura inusitada entre espiritualidade e história, tudo com uma pitada de glamour egípcio e uns toques de enredo que poderiam fazer parte de um folhetim.
Começamos nossa jornada com a protagonista, uma sacerdotisa que, de acordo com o autor espiritual J. W. Rochester, tenta navegar pelas águas turbulentas da fé, do amor e das intrigas de uma sociedade que não é nada simples. E isto, meus amigos, numa época onde até o gato tinha uma ligação mística, o que deve ser muito divertido para quem ama a mitologia. Ela se vê imersa em uma vida de deveres religiosos, e precisa, em especial, interpretar os sinais dos deuses (que, convenhamos, ficavam um pouco mais dramáticos do que a previsão do tempo).
Logo de cara, somos apresentados ao dilema da sacerdotisa: equilibrar sua vida espiritual com seus desejos pessoais. E estamos falando de um tempo onde os relacionamentos não eram exatamente tratados com catharsis de novela, com diversas tribulações e reviravoltas que fariam qualquer reality show parecer uma adaptação da vida monástica. Spoiler alert: a vida da sacerdotisa não é cheia de paz! Não se engane, aqui o amor pode custar caro - e não só na forma de um romance difícil, mas em intrigas familiares e dilemas éticos.
Além da vida amorosa conturbada, nos deparamos com elementos que podem ser considerados um "quem é quem" das grandes figuras da história egípcia. Dentre os principais, temos uma galeria de deuses e deusas que aparecem mais do que os personagens centrais, sempre prontos para dar uma palpite ou reclamar das oferendas. Isso deixa a narrativa com um tom de comédia e tragédia ao mesmo tempo, como uma sitcom egípcia.
À medida que a trama avança, somos levados a questionar o papel da mulher na sociedade antiga. Será que a sacerdotisa se contenta em ser apenas uma intermediária entre o mundo dos vivos e dos espíritos ou ela vai querer mais? E sim, existe um elemento sobrenatural recheado de profecias e visões, que nos faz pensar se a sacerdotisa não deveria parar para fazer uma sessão de terapia espiritual em vez de se envolver em todas aquelas confusões.
No final das contas, a obra revela que a busca pelo autoconhecimento e os desafios enfrentados são universais e eternos, mesmo quando estão cobertos de areia e pirâmides. E não se esqueça, ao final, a sacerdotisa tem uma jornada de autodescoberta que foge do clichê romântico, mas ainda assim, encontramos alguns elementos que poderiam ser facilmente quadrinhos de super-herói em nossa atualidade.
Então, se você está preparado para mergulhar no mundo místico e fascinante do Egito Antigo, lembre-se de levar um caderninho para anotar todas as lições espirituais e filosóficas que a leitura dessa obra pode proporcionar. E quem sabe, você não se torna a próxima sacerdotisa da sua própria história?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.