Resumo de Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Antonio Barreto
Mergulhe na hilariante e trágica jornada de Policarpo Quaresma, um patriota ingênuo que enfrenta absurdos em busca de um Brasil melhor.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Policarpo Quaresma! O personagem que conseguiu ser mais ingênuo que aquele seu amigo que acreditou que o Brasil ia para a final da Copa do Mundo de 1998. Neste romance de Antonio Barreto, somos apresentados a um homem cuja lealdade à pátria é tão intensa que chega a ser patética. Prepare-se, porque o que vem a seguir é um desfile de absurdos e tragédias que farão você rir e chorar... talvez ao mesmo tempo!
Policarpo é um sincero patriota brasileiro, tanto que, ao invés de ganhar dinheiro, decidir dar-se a uma vida de idealismos e utopias. Ele sonha em promover a cultura nacional, acreditando que o Brasil tem potencial para ser uma potência, como nunca outros já acreditaram. No entanto, viver de ideal ou de patriotismo é complicado, especialmente quando todo mundo ao seu redor está mais preocupado em sobreviver do que em salvar a nação.
A narrativa começa com nosso amigo Quaresma decidido a mudar o Brasil. O primeiro passo? Desfilar por aí com um traje típico! Ele se dedica à cultura brasileira, adora a literatura nacional e resolve plantar mandioca em seu quintal. No entanto, a ideia de um "homem do campo" em meio à cidade não é muito bem vista, e o pobre Policarpo é constantemente chamado de maluco por suas ambições. Mas quem precisa de amigos quando você tem um ideal, não é mesmo?
Nessa busca por um Brasil melhor, nosso protagonista enfrenta diversas situações hilárias e trágicas. Ele se torna um defensor ferrenho de um projeto de lei que visa transformar a nossa saudosa música sertaneja no único estilo musical permitido por aqui. Sim, você leu certo. Quanta sabedoria na cabeça de um homem que nem sabe o que é uma sanfona! A ludicidade das suas ideias contrasta com as realidades sociais e políticas do Brasil, onde os mais despreparados frequentemente se tornam líderes.
Spoiler alert: em um desfecho mais trágico que um episódio da sua série dramática favorita, Policarpo acaba sendo traído por seus próprios ideais e acaba indo parar em um destino menos glorioso. Ele descobre que a vida real não se desenrola como um conto de fadas, mas sim como um filme de terror psicológico. Para um homem que só queria fazer o bem, o trágico final é um lembrete de que as boas intenções muitas vezes levam a péssimas consequências - ou, como diria sua avó, "a estrada do inferno está cheia de boas intenções".
No fim das contas, a obra não é apenas uma crítica social e política, mas também um retrato do Brasil que conhecemos: cheio de esperanças e ideais, mas, muitas vezes, subitamente cruel. E assim, seguimos, rindo e chorando da tragédia de Policarpo Quaresma, um personagem que poderia muito bem ser seu tio mais excêntrico e que insiste em te ensinar sobre patriotismo toda vez que você se encontra na mesa do domingo.
Então, da próxima vez que você ouvir sobre um "triste fim", lembre-se que às vezes a vida pode ser tão cômica quanto trágica. E no caso de Policarpo, ela é um pouco dos dois. Ele é a personificação de um Brasil que tenta - e falha - de maneira hilariante. Não dá para não rir!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.