Resumo de A Relíquia, de Eça de Queirós

Descubra a crítica social e as hilárias desventuras de Teodoro em 'A Relíquia', de Eça de Queirós. Uma leitura imperdível que revela o valor das experiências.

Se você chegou até aqui, é porque provavelmente já se deparou com a delícia que é "A Relíquia", do reputado Eça de Queirós. Prepare-se para um passeio astronômico pela hipocrisia social, com direito a um elenco de personagens que parece ter saído de uma comédia de costumes, inclusive daquelas que você sempre quis ver, mas que nunca passou na televisão.

A obra narra a história de Teodoro, um jovem criado sob a asa de uma família que não sabe o que é um déficit de autoestima. Olha, a mãe dele deve ter colocado um pouco de ouro na papinha, porque a única ambição do rapaz é encontrar uma forma de garantir um futuro digno (ainda que um pouco trambiqueiro). Com uma educação que é só para parecer boa para a foto, ele acaba se tornando um verdadeiro crente na "relíquia" do título: um objeto sagrado que ele "herda" e que promete resolver os seus problemas (porque, afinal, quem nunca sonhou em ter uma solução mágica para uma vida cheia de complicações?).

Pois bem, Teodoro, em sua busca por uma vida mais próspera, acaba se metendo nas mais inusitadas aventuras da "alta sociedade" portuguesa. Na verdade, se fosse uma novela, o título seria algo como "As Desventuras de Teodoro: Como Não Ser Um Abençoado". Ao longo de suas peripécias, ele descobre que a hipocrisia social é uma religião muito mais forte do que qualquer relíquia que já passou pela mão do Papa. 

Spoiler

A relíquia em si não vale nada, mas a fé que as pessoas colocam nela... ah, isso é de valor inestimável!

Durante sua jornada de "exaltação da moral e dos bons costumes" (ou não), ele cruza caminhos com personalidades excêntricas e hilárias, que se desdobram em uma série de situações que provavelmente deixariam até mesmo um roteirista de comédia de stand-up se perguntando: "Como é que eu não pensei nisso antes?".

Aqui, Eça se diverte (porque, claro, ele não escreve só para fazer a gente chorar no canto, né?) ao revelar que a verdadeira "realeza" da sociedade não é feita de ouro e complicada religiosidade, mas de rostos sorridentes e boas histórias de vida. Teodoro acaba percebendo que, muitas vezes, a "reliquia" encontra-se não em objetos, mas nas pessoas com as quais nos relacionamos.

E depois de muitos "rores" e "lamentos", nosso querido protagonista precisa decidir o que fazer com essa sabedoria recém-adquirida e com suas novas relações. No grand finale (onde o Enem vai pedir um parágrafo dissertativo, sem dúvidas), ele entendeu que a verdadeira relíquia estava dentro dele, e eu não estou falando de autoajuda, mas sim das experiências vividas.

Ponto final: Eça de Queirós nos brinda com uma crítica mordaz e uma comédia de costumes que é uma verdadeira pérola! Ao lado de Teodoro, aprendemos que, às vezes, a vida é uma fumaceira de relíquias e que a felicidade pode ser mais simples do que parece, além de também ser bem mais engraçada.

E lembre-se, mergulhe em "A Relíquia" a não ser que você tenha algo mais importante para fazer, como contar carneirinhos à uma da manhã. Boa leitura!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.