Resumo de Crônica do viver baiano seiscentista - a cidade e seus pícaros - Custódia, de Gregório de Matos
Mergulhe na Bahia do século 17 com Gregório de Matos e descubra como a picaretagem e o humor se entrelaçam nas crônicas dessa época fascinante.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, a Bahia do século 17! Terra de @Gregório de Matos, o famoso "Boca do Inferno", que não se contentava em escrever bonitinhas poesias de amor, mas também uma crítica afiada e cheia de malícia sobre a vida na sua terra. Em Crônica do viver baiano seiscentista - a cidade e seus pícaros - Custódia, temos um verdadeiro retrato social da época, recheado de pícaros. Isso mesmo, personagens que mais parecem saídos de uma novela das dez! Eles estão aqui para nos mostrar como a vida na Bahia não era só praia e acarajé, mas também uma boa dose de malandragem e picaretagem.
A obra, que mais parece um diário de um cidadão bem humorado, traz relatos de uma cidade em ebulição, onde os pícaros - aqueles que vivem às custas dos outros (quem nunca, né?) - se aproveitam da boa-vontade dos habitantes. Imaginem um bando de "espertos" se metendo em encrenca, em meio a uma sociedade que tentava se organizar. Gregório não deixa nada passar batido e nas suas crônicas, tudo vira pano para a manga!
Entre as várias peripécias, temos desde os furtos mais óbvios, até as artimanhas mais sutis de como sobreviver no meio de um monte de gente que, pasmem, também está tentando enganar os outros o quanto pode. Aqui ele faz uma crítica social bem afiada, quase como um humorista que não tem medo de dizer na cara o que a galera geralmente só comenta em roda de amigos na esquina.
E, claro, Gregório não poderia deixar de dar uma pincelada na língua portuguesa da época. A sua prosa é recheada de ironias e expressões que fariam qualquer um rir, enquanto se pergunta: "Ué, isso é literatura ou é um stand-up?".
O autor também faz um paralelo entre as desventuras desses pícaros e os poderes instituídos. Afinal, enquanto eles lutam para sobreviver à sombra dos gigantes (sejam eles do governo ou da igreja), o leitor é levado a refletir sobre a hipocrisia e a faceta de uma sociedade que se diz civilizada, mas é cheia de trapaceiros. Spoiler alert: se você esperava uma história com final feliz e moralista, pode se preparar para decepcionar suas expectativas, porque aqui a moral é outra!
Embora a obra seja uma crônica que flerta com o humor e o deboche, há uma crítica implícita à corrupção e à vida dos menos favorecidos. Ou seja, Gregório é espirituoso, mas não se esquece de cutucar com certa ferocidade a realidade social da sua época.
Resumindo, Crônica do viver baiano seiscentista - a cidade e seus pícaros - Custódia é um maravilhoso passeio pela Bahia do século 17, com personagens que parecem ter saído do nosso cotidiano atual. Fiquem com uma dica: se você pensa que picaretagem é algo recente, precisa urgentemente ler essa crônica e entender que a arte de "se dar bem" sempre teve seu espaço garantido na história da humanidade!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.