Resumo de Sobre ética e psicanálise, de Maria Rita Kehl
Explore como a ética se entrelaça com a psicanálise em 'Sobre ética e psicanálise' de Maria Rita Kehl e reflita sobre suas escolhas.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, a ética! Esse tema que faz a gente se questionar se devemos ou não comer a última fatia de pizza na festa, enquanto a psicanálise vem para dar aquele empurrãozinho e nos ajudar a entender nossos impulsos mais selvagens. Em Sobre ética e psicanálise, a autora Maria Rita Kehl oferece uma perspectiva bastante interessante sobre como a ética se entrelaça com os conceitos psicanalíticos, e nós aqui vamos tentar desbravar essa densa e provocativa obra.
Primeiramente, vamos falar do que é a ética segundo Kehl. Ela sugere que a ética não é apenas um conjunto de regras a serem seguidas a risca, como um manual de instruções de montagem de mobiliário sueco, mas sim uma reflexão constante sobre o que é ser humano em sociedade. Para ela, a ética é construída a partir das relações que estabelecemos e dos laços que formamos. Ou seja, a pizza não se come sozinha, e as nossas escolhas são moldadas pelas interações que vivemos.
A psicanálise, o famoso "divã terapêutico", entra em cena para explorar a subjetividade. A autora propõe que a ética se faz presente nas relações interpessoais, sendo fundamental para a construção da identidade de cada um de nós. E é neste ponto que o bicho pega! Porque é preciso lidar com aquilo que não gostamos em nós mesmos e, ainda assim, encontrar espaço para a ética. Spoiler: essa parte é desconfortável e pode gerar aquelas crises existenciais bem profundas.
Kehl também discute a questão do desejo, que é um conceito central na psicanálise. Segundo ela, a forma como lidamos com nossos desejos está intimamente ligada à nossa capacidade de agir eticamente. É como se estivéssemos sempre em uma dança - às vezes pisamos no pé do parceiro, outras vezes conseguimos acompanhar os passos. E nessa dança, a autora ressalta a importância de reconhecer que não estamos sozinhos nessa pista, mas sim rodeados por um bando de outras pessoas, cada uma com suas canções e movimentos únicos.
Outro ponto interessante do livro é a crítica à moralidade imposta e como ela pode sufocar o sujeito. Kehl argumenta que a moralidade, muitas vezes, busca colocar um freio em nossos impulsos, mas a ética, por outro lado, busca entender e integrar esses impulsos na teia da convivência social. Ou seja, enquanto a moralidade é aquele velho professor chato que não deixa a gente sair pra balada, a ética é a amiga que te ajuda a se vestir e a se comportar na festa.
E não podemos esquecer da importância do desejo de reconhecimento, que também é explorado. O querer ser visto e aceito cria um espaço para a construção ética, já que nossas relações são tão permeadas pelo olhar do outro. Aí, fica aquele dilema: como equilibrar o desejo de ser notado com uma ética que respeite o próximo? Isso, meus amigos, é um verdadeiro quebra-cabeça psicológico que Kehl tenta desvendar.
Ao longo do livro, Maria Rita Kehl traz uma série de reflexões que nos convidam a olhar para nós mesmos e para o outro com mais atenção. É um convite a abrir aquele baú bagunçado das relações humanas e perguntar: "Como posso agir eticamente em um mundo tão caótico?". E a resposta, bem, essa pode variar de acordo com as experiências e desejos de cada um.
Então, se você se interessa pela intersecção entre ética e psicanálise, Sobre ética e psicanálise pode ser uma viagem divertida e reveladora. Ao final, você pode muito bem dar uma repensada sobre suas ações - e quem sabe, talvez até decidir que a última fatia de pizza não precisa ser o coração de um dilema ético!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.