Resumo de Teoria da Justiça, de John Rawls

Se você já se perguntou o que é justiça e como ela pode ser tão esquiva quanto o último pedaço de bolo em uma festa de aniversário, então John Rawls está aqui para te salvar! Em Teoria da Justiça, o filósofo americano propõe uma abordagem que é tão teoricamente densa que poderia até ser confundida com o roteiro de um filme de ficção científica, mas sem alienígenas e lasers, claro.

A obra gira em torno do famoso conceito do "véu da ignorância". Imagine que você está prestes a criar as regras de uma nova sociedade, mas, para garantir que ninguém seja assim tão egoísta, você se coloca sob um véu que te faz esquecer tudo sobre sua identidade - classe social, cor de pele, habilidades de fazer malabarismos, ou qualquer outra coisa que possa influenciar sua escolha. Ou seja, você não sabe se vai nascer um rico herdeiro ou um pobre coitado que mal consegue pagar a conta de luz. Assim fica mais fácil bolar um sistema que beneficie a todos, certo?

A proposta de Rawls é bem simples (mas nem tanto): ele sugere que a justiça social deve ser entendida como "justiça como equidade". Isso significa que, para uma sociedade ser justa, as desigualdades sociais e econômicas precisam ser organizadas de forma a beneficiar os menos favorecidos. É como se ele estivesse dizendo: "Olha, todo mundo vai ganhar um pouco, mas deixa eu dar uma ajudinha pra quem está na pior". Já pensou na sua roda de amigos? Rawls diria que você deveria sempre preferir o amigo que está com a conta vazia, pelo menos até ele arrumar um emprego. Nem sempre é fácil, mas ele promete que é a solução mais justa!

Um dos pilares do pensamento de Rawls é a ideia de duas principais máximas: o princípio da liberdade, que garante que cada pessoa tenha direitos iguais, e o princípio da diferença, que se refere à promoção do bem-estar dos menos favorecidos. Portanto, quando você ouvir alguém dizendo que "vai tudo bem enquanto os outros também estiverem bem", você pode fazer uma menção honrosa a Rawls.

Spoiler alert! Para aqueles que acham que a obra fica só na teoria, prepare-se para a frustração: Rawls não entrega receitas de bolo prontas, mas te ajuda a pensar como criar um. Ele se afasta das tradições utilitaristas que enfatizam o maior bem para o maior número e propõe que, sim, você deve cuidar dos que estão na base da escada social. Chocante, não é mesmo?

No final das contas, Teoria da Justiça é uma leitura que fará você repensar tudo o que você sabe sobre igualdade, riqueza, e o jogo de "vida real" que todos jogamos. Mesmo que você não saia da leitura se sentindo um super-herói da justiça, pelo menos o Rawls vai te deixar bem mais atento às questões sociais. E, sim, você também pode usar o "véu da ignorância" quando estiver em uma discussão acalorada sobre quem deve escolher o filme no cinema. É injusto colocar a responsabilidade em um só, não acha?

E se você sobreviver a essas 816 páginas repletas de reflexão filosófica e questões éticas, você pode muito bem se considerar um filósofo moderno. Mas cuidado! Isso pode causar crises de identidade e debates acalorados em jantares de família. É, não é fácil ser um pensador!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.