Resumo de O Inominável, de Samuel Beckett

Mergulhe na profunda introspecção de 'O Inominável' de Samuel Beckett e descubra os labirintos da identidade e do vazio existencial.

Se você acha que a vida é uma grande salada, cheia de pedaços de vários sabores, prepare-se porque O Inominável é mais como uma sopa grossa certinho! Neste prato literário servido por Samuel Beckett, a gente dá uma boa mordida nos temas da existência, da identidade e, claro, do famoso vazio existencial. Tudo isso com a prosa típica do autor que, se não é bem leve como um soufflé, também não é um boi no brasa - é, digamos, mais uma truta no torresmo.

A história (se é que podemos chamar assim) gira em torno de um narrador sem nome, que está numa espécie de monólogo eterno que mais parece um desabafo de quem acabou de acordar de um sonho maluco e ainda não entendeu muito bem onde deixou as chaves de casa. Ele dialogue com suas próprias dúvidas, lembranças (ou seriam delírios?) e faz questionamentos que, sinceramente, fazem aquele grupo de amigos na mesa do bar parecer uma conversa do tipo "quem foi que comeu a última coxinha?". O resultado? Aquelas reflexões profundas que muitos de nós tentamos evitar durante a faxina de domingo.

O narrador tenta (ou não) descobrir sua identidade e seu propósito, mas em vez de chegar a uma conclusão esperançosa, ele dá voltas e mais voltas, como um carro sem combustível às 3 da manhã no meio de uma estrada deserta. Ele fala sobre a condição humana com uma sinceridade brutal, sendo que a ausência de respostas parece ser a única certeza nessa vida. O que podemos tirar disso? Uma certa satisfação ao saber que, se a gente não entende a própria vida, também não estamos sozinhos nessa confusão existencial.

Sem dar muitos spoilers (afinal, quem gosta de estragar a surpresa?), o narrador se vê entre a necessidade de descrever suas experiências e a inevitabilidade de perceber que, no fundo, tudo isso é um grande "dane-se". Às vezes ele se sente como um eco de si mesmo, e em outras, ele é apenas um murmurinho na imensidão do universo. O que implica que, se você está disposto a embarcar nessa viagem filosófica, prepare-se para um passeio pelas verdades amplas e nada confortáveis da vida.

Beckett é um mestre em criar situações onde a repetição se torna um mantra maluco e a linguagem se transforma quase numa espécie de música dissonante - é a famosa sinfonia do caos! Curiosamente, embora O Inominável seja uma obra complexa, ela também nos remete a uma simplicidade crua, quase como uma fábula onde ninguém é herói e todos somos vilões de nossas próprias histórias.

Então, abrace o desconforto! Se você estiver à procura de aventura, talvez queira escolher outro livro. Mas se a ideia é mergulhar na introspecção profunda (aquela que faz você colocar a mão na testa e olhar para o nada), então esse é o seu convite para a melhor festa do tédio existencial que você nunca pediu. E só pra garantir: a única certeza que você terá ao final é que a vida continua um mistério, e se não tem a solução, pelo menos tem a poesia!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.