Resumo de Vaticano e Hitler: A condenação secreta, de Peter Godman

Veja como a obra de Peter Godman revela os segredos e tensões entre o Vaticano e o regime nazista, uma história que desafia nossa percepção da moralidade.

Prepare-se para uma viagem pela história que é como uma mistura de Guerra Fria com Game of Thrones, mas sem dragões - pelo menos, não os que você está pensando. Em Vaticano e Hitler: A condenação secreta, o autor Peter Godman nos leva às profundezas do relacionamento entre a Igreja Católica e a Alemanha nazista, numa dança tensa que, se fosse uma novela, já teria sido cancelada por excesso de polêmica.

A obra nos apresenta uma narrativa intrigante, começando com a ascensão de Hitler ao poder e a resposta da Igreja Católica. O Vaticano estava, na verdade, em uma sinuca de bico. De um lado, a chance de se aproximar do novo governo para proteger interesses e evitar os horrores da Revolução Francesa 2.0 (porque esses papas já tinham visto bastante coisa). Do outro, o regime de Hitler, que não era exatamente conhecido por sua tolerância e mais parecia uma festa de Halloween que nunca acaba, onde o disfarce de "paz" não enganava ninguém.

O ponto de partida é o Tratado de Latrão, assinado em 1929, que deu ao Vaticano um status especial e certos privilégios na Itália. Aqui já ficamos sabendo que essa relação estava cheia de segundas intenções, quase como aquelas amizades de Facebook que vemos e não sabemos bem como surgiram. E, vez ou outra, Godman revela que o Papa Pio XI não estava muito feliz com as ameaças de Hitler, mas também não estava pronto(a) para soltar os cachorros logo de cara.

Enquanto isso, o clero católico estava tentando entender se o "coração" de Hitler batia mais forte pela fé ou pela ideologia. Godman menciona que o Vaticano estava atônito com a crescente onda de antisemitismo e a perseguição a pessoas que "não se enquadravam" nos padrões do regime. O que acontece a seguir é quase uma novela das oito, com desdobramentos para lá e para cá, repleto de informações que vão dos tratados secretos às cartas trocadas entre os altos papas e os líderes nazistas, tudo isso sacudidos em um caldeirão de conspirações e revelações.

O autor ainda apresenta as censuras que o Vaticano enfrentou ao longo da década de 1930, já que Pio XI tinha um pouco de coragem para discutir o assunto - e não tinha medo de ameaçar os líderes nazistas com a excomunhão caso as coisas ficassem muito feias. Mas, claro, essas declarações eram mais fáceis de fazer do que implementar. Godman mostra que, no final das contas, o Vaticano preferiu o silêncio em vez de tomar uma posição clara e incisiva, resultando numa dança em círculo digna de um inusitado carnaval.

E aqui, claro, vêm os spoilers: a condenação por parte do Papa finalmente foi à tona com a encíclica "Mit brennender Sorge" em 1937, onde ele critica o regime de Hitler. É como se o Papa tivesse decidido finalmente ir ao "botequim" contar tudo o que estava acontecendo, mas quem estava lá já sabia, só não se fazia de interesseiro porque temia a confusão. Essa encíclica causou um alvoroço - e podemos imaginar um grupo de padres fofocando em um cantinho da sacristia!

Por último, Godman nos deixa com um gostinho amargo sobre os dilemas morais e a encenação política que permeava o Vaticano durante a ascensão do nazismo. Ele termina o livro com a provocação sobre a hebraica indagação de "o que poderia ter sido diferente?". E assim, ficamos com a missão de refletir sobre o papel que a Igreja Católica poderia ter desempenhado, enquanto nos perguntamos se, na verdade, os de cima não estavam tão distantes da realidade como pensávamos.

Se você está pronto para mergulhar em uma história cheia de conflitos, tensão e revelações que poderiam dar uma reviravolta em muitos debates atuais, este livro é a sua porta de entrada para descobrir os segredos malditos e as decisões estratégicas que moldaram um dos períodos mais sombrios da história moderna.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.