Resumo de O Duplo, de Fiódor Dostoiévski

Descubra como o funcionário Yakov Petrovich Golyadkin enfrenta seu clone em O Duplo, de Dostoiévski. Uma reflexão sobre identidade e desespero.

Se você sempre achou que ter um clone seria a solução para todos os seus problemas, é melhor dar uma olhada em O Duplo, de Fiódor Dostoiévski. Neste romance, o autor russo traz à tona a história de um funcionário público que, acreditem ou não, entra em um pepino maldito com seu sósia. Spoiler: ter um clone não é tão glamouroso quanto parece!

A trama gira em torno de Yakov Petrovich Golyadkin, um cara completamente normal que trabalha em uma repartição pública. Por "normal", entenda-se alguém que sofre de insegurança crônica e uma paranoia digna de um filme de terror de baixo orçamento. Yakov é aquele sujeito que faz você se perguntar se a vida dele não deveria ser um reality show chamado "Desculpas Para Ficar em Casa". Ele passa seus dias se preocupando com o que os outros pensam dele, e temos que concordar que isso não é uma boa maneira de viver.

Um belo dia, enquanto ele tenta ser o funcionário modelo (o que basicamente significa ser invisível), Yakov se depara com um doppelgänger. Isso mesmo, um Golyadkin de segunda mão! O novo Golyadkin é tudo o que o original não é: autoconfiante, carismático e, para piorar, parece ter uma queda pelo chefe. A partir daí, a vida de Yakov vira de cabeça para baixo.

As situações que seguem são uma verdadeira montanha-russa de comédia e drama. Enquanto Yakov tenta lidar com o seu impostor, ele também enfrenta a loucura da sociedade, que parece ter um gosto peculiar por situações impossíveis. E aqui entra a parte mais creepy: todos começam a dar mais atenção ao "Golyadkin II", deixando o original se sentindo como um personagem secundário no seu próprio filme. Nada como ser o protagonista da sua vida e, de repente, receber a notícia de que você é só um extra.

Dostoiévski mergulha fundo na psicologia de Yakov, mostrando o quão frágil a mente humana pode ser. O que parece ser apenas um incidente cômico torna-se uma exploração profunda da identidade e da alienação. Ele questiona: "Quem sou eu, afinal?". Uma pergunta complicada que todos nós já fizemos depois de um sábado à noite de festas.

À medida que a história se desenrola, as coisas ficam ainda mais tensas. Yakov tenta reconquistar sua vida, mas cada jogada dele parece ser um tiro no pé. A confusão entre os dois Golyadkins acaba se transformando em um verdadeiro espetáculo de absurdos, em que o protagonista aprende da maneira mais difícil que, às vezes, o que você mais deseja pode ser seu maior pesadelo.

E, claro, não posso deixar de mencionar que, em um final deprimente (spoiler à vista!), não temos uma resolução cômica. A vida de Yakov entra em um espiral de desespero e loucura, mais um lembrete de que, na obra de Dostoiévski, a felicidade é tão rara quanto ganhador em loteria. A simplicidade e profundidade da tragédia vão te fazer questionar não só a vida do protagonista, mas também a sua própria.

Portanto, O Duplo é uma verdadeira viagem que mistura comédia e tragédia de um jeito único. Então, se você estava achando que ter um clone poderia ser divertido, pode se preparar para uma surpresa. Afinal, na vida real, a última coisa que queremos é mais uma versão de nós mesmos bagunçando tudo!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.