Resumo de Fala, crioulo, de Haroldo Costa
Mergulhe na prosa envolvente de Haroldo Costa em Fala, crioulo. Reflexões, risadas e a cultura afro-brasileira em uma conversa rica e descontraída.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem na prosa envolvente de Haroldo Costa em Fala, crioulo. O autor nos leva para uma conversa de boteco, cheia de risadas, histórias e reflexões, onde o protagonista é o nosso querido e polêmico crioulo que, por um capricho do destino, se vê no meio de um alvoroço cultural e linguístico.
Na obra, o autor apresenta uma mistura de crítica social e celebração da cultura afro-brasileira. Passamos a perceber como a linguagem, que deveria ser um simples meio de comunicação, se torna um verdadeiro campo de batalha repleto de preconceitos, regionalismos e, claro, uma pitada de humor bem afiado.
O personagem principal, que não recebe um nome, para simbolizar todos os crentes (ou não) de que a linguagem é viva e se transforma, vai narrando sua trajetória em um tom que mescla informalidade e profundidade. Aqui, não tem espaço para a enrolação. A narrativa flui leve como uma conversa entre amigos, e é nesse tom que Haroldo Costa nos apresenta sua crítica ao racismo linguístico presente no Brasil.
Eis que o autor começa a rebuscar os diálogos e expressões do nosso querido português, com aquele sotaque e gíria que só quem é da terra sabe usar. O interessante é que ele dá voz a essas expressões, mostrando como elas são legítimas e uma rica parte da nossa identidade. Entre contos, causos e reflexões sobre a linguagem, é impossível não sentir um frio na barriga (ou uma coceira na língua) ao reconhecer as palavras que ouvimos no dia a dia.
Como toda boa obra que se preza, Haroldo também não se esquiva de dar aquele toque polêmico, questionando a maneira como a sociedade marginaliza o que não entende. Ao longo das páginas, o leitor é desafiado a refletir sobre a importância da aceitação e do respeito à diversidade linguística. Afinal, se tem uma coisa que não pode faltar na nossa roda de conversa é a boa educação e a valorização das diferentes vozes que compõem a nossa sociedade.
E, como já disse, aqui tem spoiler! A conclusão nos devolve à realidade: a luta pela valorização da cultura e da linguagem não é só de quem fala. É um chamado para que todos façam parte da conversa. Por isso, se você é alguém que adora um bom papo, e quer entender como a linguagem pode ser uma arma poderosa na inclusão ou exclusão social, Fala, crioulo é um prato cheio.
Prepare-se para rir, refletir e, quem sabe, até aumentar o seu vocabulário com novas expressões que nem sabia que existiam. Então, não fique de fora desta conversa, porque Haroldo Costa traz um olhar profundo e divertido sobre a nossa língua e identidade!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.