Resumo de O colecionador de sons, de Fernando Trias de Bes
Mergulhe na jornada sombria e filosófica de O Colecionador de Sons, onde a busca por 'som puro' revela dilemas éticos e reflexões sobre a vida.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem auditiva com O colecionador de sons, de Fernando Trias de Bes, onde um protagonista bem excêntrico se propõe a captar e armazenar todos os sons do mundo. Se você sempre quis saber como seria ser um DJ de sinfonias, mas sem a parte de tocar, você está no lugar certo. O livro começa apresentando o nosso protagonista, que, em uma súbita epifania, decide que a vida é muito monótona e que, ah, que tal coletar sons? Ele, então, cria uma paixão inusitada: colecionar sons como quem coleciona selos, só que um pouco mais... barulhento.
Logo de cara, o leitor se depara com a complicada relação do protagonista com sua própria sanidade ao se dedicar a essa obsessão. Sim, porque ouvir sons do cotidiano e separá-los em categorias é um caminho perigoso. Como diria a vovó: "Nem tudo que reluz é ouro", e nem todo som é uma sinfonia! O nosso amigo colecionador dedica seus dias a caçar o que ele considera "som puro" - desde o tilintar de um copo na mesa até os mistérios sonoros de uma rua movimentada.
E então, entre uma pesquisa de campo e outra, ele acaba criando uma relação quase espiritual com os sons. Isso mesmo, você leu certo: espiritual! Ele começa a achar que cada barulho tem uma alma. Acredite se quiser, mas há momentos em que ele contempla o sussurro do vento como se fosse o mais sublime dos concertos. Um verdadeiro filósofo da sonoridade, um Platão de fones de ouvido. E a gente aqui achando que só o pessoal da música tinha essa vibe!
Ao longo da narrativa, Trias de Bes nos leva a refletir sobre o que significa realmente ouvir. A ascensão do protagonista em sua jornada sonora é repleta de descobertas que vão do trivial ao filosófico. Entre uma captura e outra, ele se vê repleto de desafios, embates pessoais e questionamentos, como toda boa obra de ficção deve fazer. Ao se perder em sua própria vida, ele simplesmente não percebe que, além de colecionar sons, ele também está perdendo a própria voz. Spoiler: o cara pode acabar se deixando levar pelos ecos! Lamento, mas a verdade é dura como um tambor desafinado.
E como todo colecionador que se preze, o nosso protagonista enfrenta dilemas éticos, como "será que é certo gravar sons sem a permissão dos outros?" e "é válido coletar sons da vida dos outros ou isso é uma invasão de privacidade?" Quando você começa a coletar sons do seu vizinho brigando com o cão, já passou da conta, não acha? E, claro, temas como solidão e a busca por conexão permeiam a obra, pois o que pode ser mais solitário do que ser um colecionador de sons?
A história se desenrola com um toque de sensibilidade, enquanto o autor interliga reflexões sobre a condição humana ao ato de colecionar. Além disso, cada som coletado se torna uma parte da identidade do protagonista, um pedaço do que ele é e do que ele valoriza. Aqui, ele se torna um verdadeiro arqueólogo sonoro, desenterrando não só barulhos, mas também suas próprias memórias.
No fim das contas, O colecionador de sons nos ensina que a vida é uma sinfonia e, às vezes, os melhores momentos são entre os acordes - ou, quem sabe, em um desligamento total e o silêncio relaxante da natureza. E, se você não se sentir incomodado ao ouvir o som de sua própria respiração, você pode estar pronto para se tornar um verdadeiro colecionador!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.