Resumo de Os Persas, Electra, Hécuba, de Ésquilo; Eurípides; Sófocles
Aprofunde-se nas trágicas histórias de Os Persas, Electra e Hécuba, e descubra como a dor e a vingança dominam estas grandes obras da tragédia grega.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que a tragédia grega era só um bando de pessoas se lamentando e perdendo, bom, você tem razão. Em Os Persas, Electra e Hécuba, as coisas não são diferentes e, sejamos sinceros, se você está em busca de finais felizes, é melhor ler um conto de fadas. Cada uma dessas peças traz à tona temas como vingança, dor e a eterna briga entre humanos e deuses.
Comecemos com Os Persas, do mestre Ésquilo. Imagine que você está em uma festa e alguém entra contando que o time dos Persas, conhecidos por serem bem metidos, perdeu uma grande batalha. É esse o clima! A peça se passa em 472 a.C. e retrata os eventos após a derrota persa na Batalha de Salamina. Os personagens principais são os anciãos de Pérsia, que esperam notícias do filho de Xerxes, e, spoiler alert, as notícias não são nada boas. O lamento é tanto que parece mais uma competição de quem consegue chorar mais. A obra retrata a fragilidade do poder e a dor da derrota, mostrando que nem sempre dá pra dar tchauzinho pra sua soberania.
Depois temos a clássica história da Electra de Eurípides. Sabe quando a sua família é um verdadeiro reality show de tragédias? Então, a Electra é a rainha do drama! Após a morte do pai, Agamêmnon, assassinado por sua mãe, Clitemenestra (que, sim, deve ter algumas séries de psicologia para assistir), Electra vive um tormento danado. Ela espera a chegada do irmão, Orestes, para juntos se vingarem da mãe e do amante dela. Com Mãe e filho em rota de colisão, a peça explora a maldição familiar e o desejo insaciável de vingança, como se o "direito de resposta" fosse um prêmio no final do programa.
Por último, mas não menos importante, temos Hécuba, também de Eurípides. Hécuba, que além de sofrer porque seus filhos foram mortos e sua cidade destruída, tem uma vida social limitada a lamentos. Após a queda de Troia, essa mãe coruja não fica satisfeita e decide ficar ainda mais amarga. E adivinha? A sensação de injustiça vem com tudo, e Hécuba faz de tudo para vingar a morte do filho Políxenes. Sério mesmo, se o dia não está bom, ao menos você não é um personagem trágico que acabou de perder tudo, né?
Nessas três obras, o que fica claro é que a tragédia não é apenas sobre o lamento, mas também sobre a reflexão do que é ser humano - e também uma ótima desculpa para não ir a festas, já que, bem, você pode acabar no meio de mais um drama grego. Portanto, se você está a fim de uma boa dose de drama, lágrimas e muitos vicíos familiares, essas peças são para você! E lembre-se: no mundo da tragédia, todo mundo sai perdendo, só que alguns fazem isso com mais estilo (e guerras) do que outros.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.