Resumo de A Jangada de Pedra, de José Saramago
Embarque na surrealista viagem de A Jangada de Pedra de Saramago, onde humor e reflexões profundas flutuam em um mar de incertezas.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já se pegou pensando como seria legal ver a Europa se separando e flutuando por aí como uma jangada (na verdade, uma grande e pesada jangada de pedra), você só pode estar falando de A Jangada de Pedra, esse livro maravilhoso de José Saramago. Prepare-se para uma viagem literária cheia de ironias, reflexões e um toque de surrealismo que só esse autor é capaz de proporcionar.
A história começa com a Iberia, aquela boa e velha mistura de Portugal e Espanha. Mas o que ninguém esperava é que, de repente, essa península inteira decidisse que não estava mais a fim de ser continência e, voilà, tomou o rumo do oceano. Sim, meu amigo, isso mesmo que você leu. Espere um pouquinho, porque essa é só a ponta do iceberg.
Os protagonistas - um grupo de personagens bem peculiares que não são exatamente um grupo típico (porque, vamos ser sinceros, quem quer ser normal em uma jangada de pedra?) - incluem um pescador, uma jovem que acabou de se separar, um intelectual que provavelmente lê mais do que fala (e isso é muito dizer), e outros que você vai acabar se perguntando se realmente existem ou se são fruto da sua imaginação. Então, você se junta a eles nessa jangada flutuante, discutindo desde o sentido da vida até porque isso tudo faz com que o tempero da paella não tenha o mesmo gosto.
À medida que a jangada navega por mares desconhecidos, a viagem se torna quase uma alegoria sobre a busca por identidade, amor e as relações de poder. Saramago não é daqueles autores que dá a resposta de bandeja; ele adora cutucar questões profundas enquanto você se pergunta como a panela de pressão do seu trabalho ainda não estourou.
E, claro, temos a questão da religião e política surgindo como um barco à deriva na história. A separação faz com que os personagens reflitam sobre as suas próprias crenças, valores e o que significa ser um cidadão de uma terra que já foi unida e agora flutua como uma jangada ao sabor dos ventos.
Agora, se você estava esperando por um final redondinho, sinto muito, mas Saramago não é o tipo de autor que se preocupa com isso. Spoiler alert: no final, a jangada, assim como a vida, não chega a um ponto de conclusão. O destino dos passageiros e da própria jangada fica em aberto, como se o autor estivesse dando uma piscadela e dizendo: "É, a vida é assim mesmo, cheia de incertezas. Boas risadas!".
E se você achar que tudo isso é absurdamente louco, saiba que é exatamente a intenção de Saramago. Ele cria um mundo onde as questões mais problemáticas são tratadas como se fossem uma conversa de mesa de bar, cheia de sarcasmo e risadas, mas com aquele fundo reflexivo que não deixa de ser pesado.
No fim das contas, se você ainda não leu A Jangada de Pedra, talvez esteja perdendo a chance de dar boas risadas com essa viagem fantástica e insana pela vida, a política e as complexidades das relações humanas. Então, pegue esse livro, não se esqueça do seu bom humor e prepare-se para navegar por ideias que fazem a gente questionar tudo, menos a necessidade de uma boa cerveja para acompanhar a leitura.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.